Campanha salarial ensino superior

Em estado de greve, professores do ensino superior têm assembleia dia 17/08

Atualizada em 05/08/2022 18:10

Sem reajuste salarial frente a uma inflação que, até 28 de fevereiro, atingiu quase 11%, professoras e professores do ensino superior realizam assembleia remota, via Zoom, no dia 17 de agosto, às 17. O abono de falta é garantido pela Convenção Coletiva e válido para todos os períodos de aula.

Com isso, o 17 de agosto, uma quarta-feira, deve transformar-se num dia de protesto contra a intransigência das empresas do ensino superior e por reajuste digno e condições de trabalho decentes, com regras contra a precarização da atividade docente.

Vale lembrar que a categoria encontra-se em estado de greve em todo o estado, por decisão das assembleias realizadas no dia 15 de junho. Por isso, o alerta aos patrões já está dado.

Desde fevereiro, o sindicato patronal tem insistido numa proposta aviltante que retira direitos e pereniza perdas salariais. Além disso, recusa-se a discutir medidas de proteção do trabalho face às mudanças tecnológicas e à escalada do ensino a distância. Ensalamento, enxugamento da grade curricular, desrespeito aos direitos autorais e ao uso de imagem são exemplos dos problemas que têm afetado a categoria e que precisam ser discutidos.

Os patrões cometem um erro grave ao acreditarem que vão vencer os professores e os sindicatos pelo cansaço, mas isso não vai acontecer. As professoras e os professores do ensino superior saberão dar uma resposta à altura da dignidade e do respeito que toda a categoria merece.

Patrões propostas de mediação para saída do impasse

Nas negociaçõs salariais, o tempo é sempre um aliado dos patrões. Quanto maior a demora na solução, mais os salários vão sendo corroídos pela inflação e é aí que os mantenedores veem uma janela de oportunidade para vencer os trabalhadores. Por esse motivo, o sindicato patronal recusou todas as alternativas de mediação apresentadas pela Fepesp, em nome dos sindicatos de professores e auxiliares de administração escolar. 

Como o SinproSP já havia divulgado por duas vezes, em carta enviada ao Semesp, sindicato patronal, a Fepesp propôs, mais uma vez, mecanismos previstos na Constituição para a solução de impasses: a arbitragem ou a mediação realizada por um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho. Não é a primeira vez que essa proposta foi feita nem é a primeira vez que foi recusada. pelos patrões (leia aqui). Eles dobram a aposta na tentativa de fazer valer propostas indecorosas que reduzem direitos e salários.

Como participar da assembleia

 Podem inscrever-se professoras e professores que lecionam no ensino superior privado na cidade de São Paulo. A assembleia será remota, via Zoom, e é preciso inscrever-se antecipadamente, até às 15h do dia 17 de agosto. O link de acesso à sala da assembleia será enviado por e-mail. Qualquer dúvida, pode escrever para superior@sinprosp.org.br.

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