Campanha salarial ensino superior

Fepesp encaminha carta ao sindicato patronal insistindo em negociação decente

Atualizada em 19/07/2022 16:24

Por Fepesp, 19/07/2022

A Federação dos Professores do Estado de São Paulo formalizou oficialmente o Semesp (sindicato patronal que reúne as mantenedoras do ensino superior privado no Estado de São Paulo), reafirmando as reivindicações das categorias, deliberadas unanimemente nas assembleias do último dia 15 de junho: reposição da inflação na base e na massa dos salários e negociar cláusulas que atendam as novas relações do trabalho docente, advindas do incremento do ensino a distância nos cursos presenciais. (veja aqui a carta enviada)

O encaminhamento desse ofício, com a reafirmação das reivindicações já apresentadas, fez-se necessária, em função do ocorrido na reunião do último dia 13 de julho, quando foi discutida uma proposta de outra Federação participante das negociações, mas que não atende às premissas deliberadas pelas assembleias. Qual é, afinal, a posição das mantenedoras das instituições de ensino superior privado sobre a defasagem salarial das professoras, professores e auxiliares de administração escolar e como a representação patronal responde às condições dessa nova realidade pedagógica? 

Desde que a pandemia causada pelo coronavírus – COVID 19, impôs restrições ao ensino presencial, a aplicação de práticas de ensino a distância e suas variantes – ensino hibrido, ensalamento, salas virtuais com estudantes de campi, períodos e até cursos distintos – cresceram exponencialmente. 

O abuso na utilização de aulas gravadas desrespeita direitos de imagem, conteúdo e liberdade de cátedra dos e das docentes, entre outras questões.  Mesmo depois de onze rodadas de negociação, a representação patronal recusa-se a discutir essas reivindicações e insistem em propostas salariais que cristalizam a defasagem salarial em relação ao recrudescimento inflacionário.

O ofício que a Fepesp e os sindicatos encaminharam formaliza e consolida o firme posicionamento das educadoras e dos educadores do ensino superior privado, caracteriza o impasse nas negociações e oferece a possibilidade de solução desse conflito, ainda de forma pacífica, com o recurso à arbitragem ou mediação previstos na legislação. Temos condições de defender nossas reivindicações, apresentando sólidos e insofismáveis argumentos nessas instâncias, perante árbitros ou mediadores.  O impasse permanecerá apenas se os representantes das Mantenedoras demonstrarem total insensibilidade ou confessarem a ausência de argumentos que justifiquem sua intransigência.

Nova rodada de negociação está marcada para o dia 27 de julho, quando os representantes das mantenedoras haverão de se pronunciar frente à nossa demanda.

EM AGOSTO TEM ASSEMBLEIA DAS PROFESSORAS E PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR!
 

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