Vai ter greve no Ensino Superior!

Assembleia segue orientação da diretoria, rejeita mais uma proposta patronal e aprova greve

Foram nove exaustivas rodadas, desde o início da campanha e das conversas, em fevereiro – e, mesmo diante de todos esforços e do empenho da comissão de negociação dos sindicatos, coordenada pela Fepesp (a campanha é unificada e estadual), aquilo que o sindicato patronal se propõe a oferecer na mesa de negociações continua longe de atender às reivindicações apresentadas pela categoria. Diante desse impasse, seguindo a orientação feita pela diretoria do SinproSP, a assembleia de professoras e professores realizada nesta quinta-feira, 04 de maio, rejeitou (com 87% de votos) mais uma proposta feita oficialmente pelo Semesp; novamente com a indicação da diretoria, a assembleia também aprovou (94% de votos) a greve no ensino superior.

 A partir de agora, o roteiro é o seguinte: já há uma nova rodada de negociação agendada para o dia 11. Esse compromisso, previamente acertado, será respeitado. O Sindicato cobrará inclusive dos patrões outros encontros, em sequência. No dia 18, já está marcada nova assembleia da categoria – que irá organizar a greve, prevista para começar no dia 22, caso a truculência patronal permaneça. “Entendemos que a negociação é sempre o melhor caminho. Ainda temos tempo para fazer valer essa alternativa. Mas os patrões precisam saber que a categoria está dando um basta ao jogo de cena e a essa tentativa descabida de protelar indefinidamente esse processo”, afirmou Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp.

Dessa vez, professoras e professores que participaram da assembleia definiram como grotesca a “nova” contraproposta do Semesp – que insiste em negar as perdas inflacionárias da categoria e aposta na lógica do “engolir e alongar dívidas”, que já tinha sido recusada por assembleia realizada em abril. Os sindicatos representados pela Fepesp defendem posição de unidade e insistem no cumprimento da sentença do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no reajuste salarial já e em condições dignas de trabalho. Essas exigências, sustentadas como princípios desde o início da campanha, compõem nossa proposta como nove pontos (leia aqui: https://www.sinprosp.org.br/noticias/5116), apresentada aos patrões em 20 de abril, em mais uma tentativa de romper o impasse e encerrar as divergências nos tribunais superiores. 

Para além do calendário de negociações, o tempo até a próxima assembleia servirá também para amplificar a mobilização em cada uma e em todas as instituições de ensino, com novas visitas da diretoria do Sindicato às salas de professoras e professores para conversas e distribuição de material, na preparação para a greve. Se você tem dúvidas, sugestões ou quer organizar uma visita à sua instituição, entre em contato pelo e-mail grevesuperior@sinprosp.org.br. “Nos últimos anos, têm sido constantes os ataques à categoria. É momento de mostrar aos patrões a unidade e a força das professoras e dos professores do ensino superior”, afirmou Iberê Moreno, diretor do SinproSP.

Os patrões não perdem por esperar. Vem mais barulho bom por aí. Para fechar um quatro de maio de resistência e luta: Que a força esteja com as professoras e professores.