Campanha salarial ensino superior

Em estado de greve, professores aceitam proposta do Tribunal

Atualizada em 31/08/2022 19:46

Realizada na tarde desta quarta-feira, 31, a assembleia remota das professoras e professores do ensino superior no SinproSP votou favoravelmente à proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), autorizando o retorno das negociações. A categoria também decidiu continuar em estado de greve e manter a assembleia em caráter permanente.

A proposta conciliatória formulada pelo juiz instrutor da audiência de conciliação, Gabriel Lopes Coutinho Filho, indica reposição inflacionária nos salários, a partir de março de 2022, de 10,8% (INPC-Ibge) e retomada das negociações sobre as demais cláusulas, pelas próximas duas semanas. Para tanto, a greve seria suspensa temporariamente e os professores permaneceriam em estado de greve. Uma nova audiência de conciliação foi marcada para o dia 16 de setembro.

Proposta do Tribunal não é sentença

O professor Celso Napolitano, da Fepesp e do SinproSP, alertou os professores de que a proposta do juiz instrutor “não é uma sentença, uma decisão judicial que precisa ser respeitada pelas partes envolvidas”, mas sim uma última tentativa de solução negociada que o Tribunal faz antes de dar prosseguimento ao processo de dissídio. “Por isso, cabe aos professores decidirem se aceitam ou não”, completou Napolitano.

Encerrado o debate, a assembleia entrou em regime de votação. Por ampla maioria, a proposta do TRT foi aprovada. Em seguida, foram submetidas à votação, e também aprovadas, a manutenção de assembleia em caráter permanente e a continuidade do estado de greve.

Napolitano alertou que qualquer iniciativa antissindical por parte dos representantes patronais poderá levar o SinproSP a convocar nova assembleia para deflagração de greve, antes mesmo do prazo estabelecido para encerramento das negociações.

.