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Assembleia discutiu impactos da reestruturação curricular na Anhembi Morumbi

Atualizada em 12/12/2017 16:48

Professoras e professores de diversos cursos da Universidade Anhembi Morumbi estiveram reunidos no último sábado, 9 de dezembro, no SinproSP, para discutir e avaliar quais serão os impactos, sobre as atividades docentes, das mudanças curriculares determinadas pela instituição já para o primeiro semestre de 2018.

Duas preocupações de natureza trabalhista surgiram com força durante o encontro: possíveis reduções de cargas horárias (sem a concordância do professor) e demissões em massa, já que as novas grades aprovadas estabelecem disciplinas de três horas/aula por período (contra as atuais quatro horas/aula). A barbaridade cometida pela Estácio de Sá, que durante a semana anunciou a demissão de 1.200 professores em todo o Brasil foi citada e duramente criticada em várias falas e reflexões feitas pelos participantes do encontro.

Ainda na reunião, o professor Celso Napolitano, diretor do Sindicato e presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, apresentou a íntegra da ata aprovada e assinada no Foro Conciliatório para Resolução de Conflitos Coletivos, realizado no dia anterior (sexta, 8/12), por iniciativa do SinproSP e da Fepesp, e que contou também com a presença de representantes da Anhembi Morumbi e do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

No documento oficialmente firmado no Foro, a mantenedora informa que, “apesar da reestruturação curricular, o número de eventuais desligamentos manterá a média histórica do mês de dezembro dos últimos anos e será efetuado com base nos indicadores acadêmicos da Universidade”.

Sobre a reestruturação da carga horária, garantiu que a “Universidade está envidando esforços no sentido de minimizar os reflexos nas remunerações dos docentes, em virtude de eventuais reduções, mas ainda não tem possibilidade de informar o quadro completo resultante dessa reestruturação”.

Também muito importante: a instituição comprometeu-se a informar o Sindicato tão logo a área acadêmica tenha definido a situação funcional do corpo docente – o que significa dizer que o SINPRO/SP deverá receber essas informações antes que os professores e professoras sejam chamados a assinar quaisquer documentos.

Por fim, a mantenedora firmou o compromisso de não promover retaliações contra os que participaram da reunião no Sindicato.

As professoras e os professores presentes reforçaram a disposição de divulgar todas as informações e decisões para os colegas, nos cursos de origem, para fortalecer a mobilização e a resistência, valorizando e consolidando o foro de negociação coletiva e permanente como a instância legítima para continuar acompanhando as mudanças e suas consequências.

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