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Dieese debate as campanhas salariais depois da reforma trabalhista

Atualizada em 27/07/2017 19:31

Como devem as campanhas salariais no ambiente criado pela reforma trabalhista? Este foi o tema central da 14a Jornada de Debates do Dieese, realizada dia 27/07, no auditório da Escola de Ciências do Trabalho do Dieese, em São Paulo. O SinproSP participou do evento, copatrocinado também por centrais sindicais.

Na primeira parte do debate, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, fez um resumo da nova legislação e das três esferas de mudanças: na legislação trabalhista propriamente dita, no papel dos sindicatos e na atuação da Justiça do Trabalho. A Lei 13. 467 limita o espaço de ação dos sindicatos e da Justiça trabalhista, instituições que hoje estabelecem freios ao poder patronal.

O grande jogo

Segundo Clemente, a reforma trabalhista cria inúmeras possibilidades de flexibilizar e reduzir direitos não apenas na lei, mas também nas Convenções Coletivas. Nesse clima, ele acredita que as próximas campanhas salariais serão marcadas por uma política agressiva das entidades patronais para reduzir conquistas. ′Se os sindicatos não aceitarem, os patrões vão negociar diretamente com os seus empregados", afirmou Clemente.

Para o diretor do Dieese, será preciso formular estratégias sobre bases diferentes e muito mais complexas. Um dos desafios dos sindicatos será mostrar aos trabalhadores que os salários não terão mais a primazia nas campanhas salariais. O grande jogo será em torno da manutenção de direitos, até mesmo os mais elementares.

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