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Paulo Skaf também tem pato. E mandou a conta aos professores do Sesi/Senai

Atualizada em 09/10/2015 14:51

Paulo Skaf decidiu quem pagará o pato pela milionária campanha da Fiesp nos meios de comunicação: os professores, os pais e os alunos do Sesi e do Senai.

Projetando perda de receita em 2016 (apenas uma projeção), a ordem foi uma só: passar a tesoura nas escolas e reduzir custos principalmente com a folha de pagamento. Como publicou a Folha de S. Paulo em 07 de outubro, o Sesi comunicou aos pais e alunos o fim do período integral do 6º ao 9º ano, em 2016.

Foram também suprimidas as classes de 1º ano do Fundamental em todas as unidades externas, o que significa que mais de 1.700 alunos, em 54 turmas, deixarão de ser atendidos.

O clima de ‘fim de mundo’ instalado nas escolas contrasta com o dinheiro torrado pela Fiesp na campanha publicitária, que funciona como projeção de presidente da entidade, Paulo Skaf, e de suas conhecidas pretensões políticas. Aí a crise parece não existir.

Experimentalismo pedagógico

Muitos professores também vão perder aulas porque, mais uma vez, o Sesi decidiu fazer novas experiências pedagógicas na grade curricular. As aulas de português no ensino médio serão reduzidas. O espanhol deixará de ser presencial. O ensino médio terá menos aulas.

Não é um fato inédito. A forma autoritária de condução do projeto pedagógico tem feito com que o Sesi imponha mudanças de cima pra baixo, que o tempo se encarrega de mostrar a discutível qualidade.

Esse experimentalismo pedagógico volta a se repetir para 2016, com consequências danosas para alunos e professores. Afinal, Educação requer um tempo que não condiz com a instabilidade provocada por mudanças sucessivas.

Ação estadual

Diante da gravidade das denúncias dos últimos dias, os 27 sindicatos de professores que integram a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) vão se reunir na próxima terça-feira, 13/10, para discutir a articulação de ações em todo o Estado e convocar os professores.

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