Professores aprovam acordos coletivos do Sesi e Senai

Os quase 300 professores reunidos no SINPRO-SP analisam a proposta para os novos acordos coletivos

Os professores do Sesi e do Senai reunidos em assembleia no SINPRO-SP nesta quarta-feira aprovaram a proposta para os respectivos acordos coletivos de trabalho 2011, que garante aumento real de salário, com o reajuste de 8% retroativo a março, e a manutenção da hora-atividade em 15%.

Os acordos terão validade bianual. Com isso, ficam garantidos todos os direitos dos professores até fevereiro de 2013. Para a próxima data-base só serão discutidas as cláusulas de natureza econômica. “Vamos começar já a estruturar um plano de valorização e equiparação salarial para subsidiar as negociações sobre o reajuste em 2012”, afirma o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), Celso Napolitano.

Sem a necessidade de discutir as cláusulas sociais, a atenção ficará totalmente focada no salário, o que garante força nessa demanda da categoria. “Mas a participação dos professores nesse processo será fundamental. Sem mobilização fica difícil conseguir avanços”, completa.

Importantes conquistas

A proposta aprovada assegura o recesso escolar de 30 dias neste ano e no próximo. Depois das investidas patronais para tentar reduzir a duração do recesso, a mobilização dos professores fez toda a diferença, pressionando o Sesi e o Senai a recuarem. “Nosso direito foi preservado e isso é resultado da união dos professores”, explica Napolitano.

Celso Napolitano, presidente da FEPESP, explica detalhes do calendário do recesso escolar 2011/2012

O calendário do recesso estará formalizado nos acordos. Veja as datas no quadro abaixo. Em 2012, caso seja necessário, alguns dias de recesso poderão ser utilizados exclusivamente para atividades de capacitação ou treinamento.

Apesar do calendário elaborado pela FEPESP registrar para o próximo ano 208 dias de trabalho docente, há a possibilidade de que alguns dias sejam reservados para reuniões pedagógicas e conselhos de classe. O Sindicato irá acompanhar o ajuste no calendário, caso ele realmente seja necessário.

Os acordos também terão uma cláusula nova sobre “assédio moral”. A partir de agora as denúncias serão tratadas por uma comissão mista, formada também por representantes do SINPRO-SP e da FEPESP.

Algumas cláusulas dos acordos terão ajuste de redação, com alterações já aprovadas na assembleia realizada em 17 de março. Entre elas, prazo para o pagamento das horas extras no mês seguinte ao trabalhado, sob pena de multa.

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