Assembleia da Educação Básica avalia negociações e fortalece mobilização
Um momento importante para mais uma vez acumular forças, conversar sobre o andamento das negociações e reforçar as estratégias de mobilização. Assim foi a assembleia intermediária da Educação Básica, realizada remotamente na noite da terça-feira, dia 02 de abril. “Neste mês que está começando, precisamos de todo o apoio possível de professoras e professores, para colocar ainda mais pressão na representação patronal”, disse Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), logo na abertura do encontro, quando também relembrou o passo a passo do processo de construção da pauta unificada de reivindicações, apresentada ao sindicato patronal (Sieeesp) em fevereiro. Ele destacou ainda o contato permanente com a categoria, por meio das visitas às escolas e dos diferentes canais de comunicação do Sindicato, para informar com agilidade e precisão sobre as etapas dessa jornada.
Já foram realizadas três rodadas de negociações, com as atenções até aqui concentradas principalmente no chamado pacote econômico. O sindicato patronal diz ter acordo com a reposição da inflação pela média do INPC e da FIPE (3,44%), sinalizando com mais 1,56% de aumento real (acima da inflação), compondo um índice total de 5%. Os patrões pretendem manter a PLR ou abono em 18% e a hora-atividade em 5%. Concordam em unificar o piso salarial da Educação Infantil com o dos primeiros anos do Fundamental, o que significaria uma conquista significativa e um aumento da ordem de 18% para professoras que atuam no segmento. Acenam ainda com um vale-alimentação no valor de 150 reais (22% de reajuste) e com a cesta básica de 30 quilos (atualmente, são 24 quilos). E, até agora, fincam pé na recusa às demais reivindicações apresentadas pela Fepesp.
“Temos avanços nas cláusulas econômicas. E pretendemos agora trabalhar um pouco mais para avançar também nas chamadas cláusulas sociais e de garantia de condições dignas de trabalho, como inclusão, licenças maternidade e paternidade, as provas substitutivas e adaptadas e a proibição de outras formas de contratação, como tutores e monitores. São temas muito importantes para o nosso cotidiano em sala de aula”, reforçou Celso. “É um processo de convencimento, que exige persistência e paciência. O diálogo com os patrões é sempre muito difícil”, completou Ailton Fernandes, diretor do SinproSP e que também participa da comissão de negociação.
Ainda em abril, estão previstas mais quatro reuniões com o Sieeesp, nos dias 9, 16, 23 e 30. A ideia, nessa etapa, é fortalecer cada vez mais a mobilização, com nova jornada de visitas às escolas e a consolidação de uma rede articulada e espalhada por diferentes instituições, para envio de material informativo, impresso e digital, incluindo a sonora semanal da campanha, aproveitando a capilaridade e o alcance dos diversos canais e veículos de comunicação do Sindicato (site, linha de transmissão do whatsapp, boletim semanal, redes sociais, cartazes nos murais). É fundamental o engajamento de professoras e professores nessa rede solidária e potente. Cada contato e conversa vale muito. Sugestões, dúvidas, solicitações de material, pedidos de visitas e também para participar das reuniões do grupo de trabalho e auxiliar nas ações da campanha podem ser encaminhados para o e-mail campanhasalarial@sinprosp.org.br.
“Continuem atentas e atentos, porque pode ser que, nesse meio tempo, o sindicato patronal faça uma contraproposta final. Então chamaremos imediatamente a categoria para se manifestar, numa nova assembleia, que deverá acontecer num sábado, pela manhã. Na mesa de negociações, nosso compromisso é continuar batalhando firme pela nossa pauta”, finalizou Celso.