UNIB, mais uma vez
Há três anos, sob o eterno argumento das dificuldades financeiras, a UNIB inventou um novo plano de carreira para rebaixar salários e demitiu todos os seus professores. Apesar disso, continuou praticando irregularidades. No final do semestre passado, em julho, foi levada à Delegacia Regional do Trabalho para explicar porque seus professores ficaram sem receber suas férias. Nova alegação de crise, nova promessa de cumprimento de suas obrigações, novo descumprimento.
Agora em dezembro, a história se repete: a UNIB não pagou os salários de novembro e o 13º. Na mesa-redonda realizada na DRT, a universidade se comprometeu a pagar os salários atrasados até o dia 22/12. Mais uma promessa não cumprida. Não só não pagou como disse que não tem previsão. Isso mostra mais uma vez o tamanho da irresponsabilidade.
Os mantenedores da instituição insistem em não reconhecer o óbvio: são despreparados e incompetentes. A crise da UNIB é de gestão e seus efeitos são sentidos por toda a comunidade, o que mostra que os professores precisam – e provavelmente o farão no início das aulas, em 2009 - adotar práticas mais radicais para pôr fim à situação de risco em que vivem permanentemente . Talvez com isso, as autoridades federais decretem a intervenção na UNIB e, com isso, extirpem do meio universitário uma das piores excrescências que a privatização do ensino superior já provocou.
No início de janeiro, o SINPRO-SP convocará assembléia dos professores da UNIB, propondo o não-reinício das aulas até que todas as irregularidades sejam sanadas.