São Marcos acumula problemas

O volume de irregularidades que a São Marcos tem praticado coloca a instituição em primeiro lugar no pódio entre aquelas que infringem a legislação, desrespeitam professores e tratam a educação como uma mercadoria qualquer. A universidade é hoje um dos piores exemplos – senão o pior - do que se tornou uma parte do ensino privado no país. Não só pelo que não cumpre, não paga e não faz, como também pela arrogância com que seus mantenedores atuam, como se estivessem certos de sua impunidade.

A São Marcos acostumou-se a atrasar salários. Para eles isso virou regra. Assim como também não deposita FGTS, não repassa os valores que descontam dos professores ao INSS e à Receita Federal. Faz apropriação indébita da contribuição dos sócios do Sindicato.

No ano passado, a São Marcos demitiu, de uma só vez, mais de 50 professores, alguns deles mestres e doutores com mais de 10 anos de casa e se recusou a fazer as homologações e pagar as verbas rescisórias, impedindo os professores demitidos de sacar o FGTS e dar entrada ao seguro-desemprego. Como se não bastasse, criou novo plano de carreira com o propósito de reduzir salários e ameaçou os professores que não aderissem a ele com demissões.

O SINPRO-SP já acionou a Justiça e vai agora encaminhar às autoridades do Ministério da Educação e ao Comitê Gestor do ProUni dossiê que reúne as graves irregularidades que a São Marcos tem praticado contra seus professores. O Sindicato considera inadmissível que uma instituição com esse nível de qualidade de relações de trabalho receba qualquer tipo de privilégio fiscal.

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