FASP trata professores com cinismo
Cinismo é a única maneira de caracterizar os insistentes apelos da diretoria geral da FASP para que as aulas voltem ao normal. Os freqüentes comunicados distribuídos aos alunos e aos professores demonstram, para quem os lê com atenção, exatamente o contrário: até agora, a julgar pelas propostas apresentadas ao corpo docente, não há nenhum motivo para otimismo.
E o que é pior: a mesma diretoria geral que responsabiliza o Sindicato dos Professores pela demora numa eventual concordância com as propostas apresentadas, se esquece de esclarecer que a desorganização que está atingindo os cursos é conseqüência das irregularidades trabalhistas praticadas pela instituição.
Os professores exigem o pagamento dos salários ATRASADOS HÁ MAIS DE TRÊS MESES; pagamento do 13º. SALÁRIO DE 2007; regularização do FGTS, do INSS, do IMPOSTO DE RENDA. Quer dizer, os professores exigem o que lhes é devido por direito, embora tenham sido flexíveis em abrir negociações para um cronograma de pagamento dívidas todas.
Portanto, se há responsabilidade pelo clima de intranqüilidade pelo qual a comunidade acadêmica está passando, ela é da própria mantenedora da FASP.
Os professores e os alunos sabem disso e não vão cair na jogada mal-intencionada dos comunicados: as aulas só voltam ao normal quando as obrigações trabalhistas da FASP também forem normalizadas.
Diretoria do Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPRO-SP)