Voz do professor

Em comemoração ao Dia Mundial da Voz, lembre-se dos cuidados com a saúde vocal

Atualizada em 17/04/2025 13:16

Desde 1999, o Dia Mundial da Voz é comemorado no dia 16 de abril. “É um momento de parar para pensar na importância da voz para a comunicação no nosso dia a dia. E, pensando nos professores, o quanto a voz é importante para que eles exerçam o seu trabalho”, diz Fabiana Zambon, fonoaudióloga especialista em voz, mestre e doutora em distúrbios da comunicação humana pela UNIFESP, e coordenadora do Programa de Saúde Vocal do SinproSP.

A doutora lembra que é primordial ficar atento a sintomas e alterações vocais, como rouquidão, dor e cansaço vocal. “São sinais bastante comuns de que é preciso agendar uma consulta com um médico otorrinolaringologista e com o fonoaudiólogo. E é muito importante pontuar que a rouquidão por mais de quinze dias deve ser investigada sem exceção”.

Fabiana lembra que em abril, período de troca de estação e mudanças de temperatura, professores que já possuem predisposições alérgicas devem estar ainda mais atentos aos cuidados, já que uma rinite, por exemplo, pode trazer ainda mais dificuldade para o uso da voz. Entre as recomendações, além de aumentar a hidratação, nebulização com soro fisiológico, exercícios de aquecimento e desaquecimento da voz, e treino de voz e comunicação podem ser feitos, desde que com orientação adequada de médicos e fonoaudiólogos. 

Nos “Guia Bem-Estar Vocal: uma nova perspectiva de cuidar da voz”, lançado no final do ano passado, e que pode ser acessado aqui, os professores encontram perguntas e respostas sobre agravos vocais e usos da voz em sala de aula, além de questionários que o docente pode responder para autoavaliação, com o índice de desvantagem vocal, lista de sinais e sintomas e, em uma novidade desta edição, um instrumento de avaliação da comunicação, já que a voz é essencial para que seja bem feita no cotidiano e na sala de aula. “Também incluímos o que a escola deve fazer para manter as condições de trabalho do professor. Isto porque nós sabemos que o ambiente em que o docente trabalha não favorece a saúde vocal, por isso, a instituição de ensino deve executar um papel de apoio”, afirma a doutora Fabiana.

Coordenadora do Programa de Saúde Vocal do SinproSP, ela convida os professores a entrarem em contato para a avaliação vocal. “Nós também oferecemos tratamento ou treinamento e aprimoramento vocal, a depender do caso e da necessidade do professor”, conta a fonoaudióloga. Para participar do programa, o docente deve ser sindicalizado ou contribuinte (neste caso há condições especiais, porém limitadas). O atendimento pode ser feito online ou presencial. Para saber mais, acesse aqui.
 

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