Professores do Sesi em greve a partir de 31/03
Professoras e professores, em assembleia histórica na última quinta, dia 27, se reuniram por quase três horas para analisar a resposta do Sesi frente às reivindicações da categoria e organizar o início da greve, que acontece na segunda-feira, 31 de março. “Todas as manifestações foram no sentido de apoiar a deliberação de greve que havia sido tomada na assembleia do dia 22”, relata Celso Napolitano, presidente da Fepesp e do SinproSP.
Um quarto da categoria estava presente na plataforma remota (são por volta de 4 mil professores do Sesi em todo o estado). Aqueles que não conseguiram entrar por conta da lotação limite da sala do Zoom, acompanharam a discussão em grupos de Whatsapp com colegas. “Este problema técnico foi uma surpresa, por conta do cálculo de pessoas previstas ter se baseado na quantidade de docentes presentes nas assembleias anteriores. Desta vez, a participação extrapolou as expectativas”, conta Napolitano.
Os docentes também usaram o espaço para dialogar com os colegas de todo o estado e expressar descontentamento com a desvalorização profissional e a sobrecarga de trabalho. “Houve muitas reclamações sobre o fato de o Sesi desprezar que os professores estão sempre na linha de frente da manutenção da qualidade de ensino, garantindo que a instituição cumpra suas promessas pedagógicas às custas do esforço deles”, reforça Napolitano.
Cumprindo o rito da Lei de Greve, o Sesi foi comunicado formalmente pela Fepesp e sindicatos integrantes, no dia 24, sobre a paralisação e convocado para negociar as reivindicações deliberadas pela assembleia em reunião na quarta, 26. Porém, não atendeu às reivindicações dos professores, principalmente no que se referem às questões econômicas.
“A Lei de Greve garante que não deve haver punição, e a Fepesp, junto de seus sindicatos integrantes, cumpriu cada etapa deste rito, exatamente para manter a validade e a segurança jurídica da luta coletiva da categoria”, explica Celso Napolitano.
Ao aderir à greve, os professores não devem realizar registro de ponto nem precisam comparecer à unidade do Sesi na qual ministram aulas. Além disso, podem se reunir com colegas na sede do Sindicato, Rua Borges Lagoa, 208 - Vila Clementino (próximo ao metrô Santa Cruz), para organizar atividades de mobilização.
“É preciso lembrar a todos que qualquer represália ou atividade antissindical por parte da diretoria do Sesi deve ser denunciada ao Sindicato, e que os docentes devem estar atentos a tentativas de desinformação, com comunicações sem contexto sobre as conquistas da categoria e o rito de greve”, aponta Napolitano.
Comissões de esclarecimento com diretores do SinproSP, carros de som e panfletagem serão feitos a partir do dia 31 de março, logo pela manhã. O Sindicato está à disposição para dúvidas, sugestões, denúncias e envio de material da campanha pelo e-mail sesi@sinprosp.org.br