Assembleia Sesi/Senai discute questões pedagógicas e contribuição assistencial

No último sábado, 15 de junho, as professoras e os professores do Sesi e Senai reuniram-se em assembleia remota para avaliar como estão sendo encaminhados os compromissos estabelecidos na última campanha salarial da categoria, para além do Acordo Coletivo assinado com a instituição. Os docentes também aprovaram, por ampla maioria de votos (96% dos participantes), a cobrança da contribuição assistencial dos professores não sindicalizados. 

Na apresentação inicial que fez à assembleia, Celso Napolitano, presidente do SinproSP, sintetizou o que foi discutido na primeira reunião da Comissão de Acompanhamento (que aconteceu na quarta-feira, dia 12 de junho). O destaque foi para as denúncias recebidas nas últimas semanas, que chegaram tanto pelos canais de atendimento quanto nas visitas realizadas e conversas com a categoria. Estes temas foram abordados por um comunicado conjunto já divulgado pela Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) e pelo Sesi (aqui: https://www.sinprosp.org.br/noticias/5376), além das inquietações manifestadas em assembleias anteriores. 

O Sesi indica a necessidade de um período de adaptação para que todas as novas normas estejam em curso. No entanto, Celso fez questão de reforçar que “o Sindicato continua atento a toda e qualquer irregularidade e exigindo o cumprimento de todos os direitos. É importante ressaltar mais uma vez o papel fiscalizador de professoras e professores, que estão justamente na linha de frente dessas lutas e devem entrar em contato com o SinproSP sempre que se fizer necessário”. 

Detalhou, em seguida, as questões controversas e como estão sendo tratadas nessa dinâmica de interlocução permanente com o Sesi: 

• desvio de função: exceto em alguns casos em que os deslocamentos devem ser acompanhados pelas professoras e professores, não devem ser executadas atividades não-docentes;
• comunicação por Whatsapp: não pode ocorrer, e docentes que identificarem esta violação nas suas unidades devem informar ao Sindicato;
• ponto: quando há hora extra, a marcação do ponto só deve ser feita após a conclusão deste trabalho adicional. Assim, as e os docentes não devem atender aos avisos de novo registro, e precisam comunicar imediatamente ao Sindicato quando este tipo de solicitação ocorrer;
• titulares do 1º e 2º ano: assim como estabelecido no Acordo, as professoras não deverão atender outras turmas;
• dinâmica de trabalho do 3º ao 5º ano: há dificuldades em encontrar soluções imediatas porque o Sesi alega que o novo modelo trouxe resultados positivos no Saresp e na passagem dos alunos do 5º para o 6º ano, ainda que o SinproSP tenha apontado que isso foi feito “às custas do aumento da carga de trabalho das professoras e professores”, como disse Celso. “Nós voltaremos a este assunto no segundo semestre, estamos reivindicando aumento de salário equivalente ou contratação de novos professores, e há uma possibilidade significativa de ação jurídica, para a qual já estamos nos preparando”;
• reajuste dos vales refeição e alimentação: o Sesi informou que nem todas as unidades se planejaram para o aumento de 6,20% nos dois benefícios, mas que os valores retroativos serão creditados a todas e todos até o final de junho, além de o próximo mês já começar reajustado;
• EJA: as atividades serão remotas na maior parte do tempo, e haverá uma nova reunião para definir as tarefas;
• inclusão: o Sesi já contratou pessoas especializadas no assunto para dar suporte aos professores. Há um grupo para cada unidade (não por turma), e seu papel é aplicar as atividades de inclusão e elaborar o PTDE (Plano de Trabalho Docente Específico). Além disso, estes não podem agir como supervisores dos docentes da Instituição, estão no mesmo nível hierárquico que os professores.

O Sindicato, que quer estar sempre junto com você, segue à disposição das professoras e professores para sugestões e denúncias, que podem ser enviadas para sesi@sinprosp.org.br. Fiquem atentas e atentos, porque esse processo de acompanhamento - e exigência de cumprimento dos direitos – seguirá firme no segundo semestre.