Ensino Superior tem assembleia no próximo dia 13 de abril
Foram quatro rodadas de negociação em março e, lamentavelmente, a mesmíssima ladainha e o jogo de cena que já se tornaram grife dos empresários dos conglomerados do Ensino Superior. Disposição para tratar com seriedade a nossa pauta? Nenhuma. Como nós não desistimos e exigimos posturas sérias e responsáveis, e como os patrões sabem (mesmo que façam outro discursinho em público) também que o clima nas instituições que dirigem é de profunda insatisfação, já há um novo calendário de conversas marcado para abril. No meio desse caminho, reforçando o protagonismo, professores e professoras farão mais uma assembleia, para um balanço do que se desenrolou até aqui e ainda para definir coletivamente os próximos passos do movimento. Será na quinta-feira, dia 13, às 16h, via plataforma zoom. As inscrições podem ser feitas aqui (até às 14h do próprio dia 13). "Com o respaldo da categoria, estamos prevendo esquentar a campanha e subir ainda mais o tom na mesa de negociações”, avalia Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), que coordena a campanha, em nível estadual.
Em contato permanente com a categoria, construindo cotidianamente a mobilização, a diretoria do SinproSP já está novamente marcando presença, desde o início da semana, nas salas dos professores e professoras, em mais uma jornada de visitas às instituições. É uma ação que sempre deixa os patrões bastante irritados e preocupados – eles não gostam dessa "gente barulhenta" reunida e mobilizada. Na mesa de negociações, temos defendido com firmeza e convicção nossa pauta de reivindicações, aprovada também em assembleia. Exigimos o cumprimento da sentença do TRT, reajuste salarial já e condições dignas de trabalho - portanto, dizemos não ao ensalamento, ao EAD que substitui os cursos presenciais e às jornadas exaustivas e precarizadas.
Mobilize suas e seus colegas e participe da assembleia do dia 13. É barulho que os empresários das corporações do ensino superior querem? Isso a gente sabe fazer. O bom barulho.
ATUALIZAÇÃO
Em rodada de negociações realizada nesta quarta-feira, 05/04, o patronal apresentou propostas de recomposição salarial para 2023 e pagamento de retroativos de 2022, mas que, ainda, não são consideradas oficiais. A formalização das propostas será feita por ofício na próxima semana.
Na mesa de negociações, a comissão sindical reafirmou os princípios que nos orientam nestas negociações: cumprimento da sentença normativa do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e recomposição da defasagem inflacionária dos salários, a partir de março de 2023. Também exigiu a discussão de cláusulas que combatam a precarização do trabalho docente: piso salarial e regulamentação das disciplinas ministradas à distância em cursos presenciais e do "ensalamento", além de coibir o desrespeito aos direitos de autor e de imagem de professores e professoras em aulas gravadas e reproduzidas à exaustão.
FONTE: FEPESP