Mobilização ampla e unidade na ação garantem vitória dos professores da PUC-SP
A pronta mobilização das professoras e professores da PUC-SP na última semana e a ação da Apropuc, com o apoio do SinproSP, resultaram numa conquista importante e histórica. Reunidos em assembleia na noite de 16 de setembro, os docentes aprovaram a proposta construida em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, na manhã da mesma sexta-feira, garantindo aos atuais professores a permanência do critério de remuneração, sem a redução que a Fundação São Paulo decidiu aplicar a partir dos salários de agosto.
Pelo acordo, a mantenedora reconhece o direito adquirido dos professores e continuará remunerando por 5 semanas. Quem for admitido a partir de 2023, terá o salário calculado com base em 4,5 semanas, como previsto na CLT e na Convenção Coletiva de Trabalho, além do descanso semanal remunerado.
É uma vitória importante que não seria possível sem a rápida mobilização dos docentes, com o apoio decisivo dos estudantes. Os professores tomaram conhecimento da mudança de critérios ao receberem o holerite com o pagamento de agosto. De imediato, a Apropuc convocou assembleia, que aprovou paralisação de na terça-feira, 13. Foi um dia inteiro reservado a atos unitários que atraíram apoio de entidades e da classe política.
A unidade de ação entre o SinproSP e a Apropuc, desde o início, também foram decisivos para que a solução da crise. Essa é mais uma luta que se soma aos enormes desafios enfrentados pelos professores do ensino superior. Entre eles, o mais imediato é campanha salarial.
Luta coletiva continua na campanha salarial
Sem solução nas negociações, a campanha salarial acabou em dissídio no Tribunal Regional do Trabalho. O sindicato patronal não aceitou a proposta do TRT de reajuste nos salários pela inflação (10,57%) , retroativo a março, e por isso, a ação vai prosseguir, até julgamento.
É preciso registrar aqui a importante participação dos professores da PUC-SP e da diretoria da Apropuc em todas as assembleias realizadas. Uma participação ativa na tomada de decisões e no encaminhamento das ações. Esse compromisso unitário permanece e há de render muita coisa agora, com o dissídio coletivo.