GREVE

TRT fecha cerco para Unib não descumprir acordo. SinproSP chama assembleia

Atualizada em 14/09/2022 10:39

Atualizado em 16 de setembro de 2022, às 13h01

Na audiência do Tribunal Regional do Trabalho, realizada segunda-feira, 12 de setembro, a Unib não teve outra opção a não ser comprometer-se formalmente, diante de um juiz, com as condições da proposta que foram, inclusive, ampliadas. Mais um vitória das professoras e dos professores, que continuam em estado de greve..

Para lembrar, a assembleia dos professores realizada no dia 09 havia aceitado a proposta feita pelo juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, mas condicionou a suspensão da greve à aceitação formal da proposta pela mantenedora, já que ela não goza de nenhuma credibilidade entre o corpo docente, os estudantes e o Sindicato. Na falta de uma resposta concreta, o SinproSP insistiu na retomada da audiência de conciliação e indicou aos professores que o retorno às aulas não ocorresse na segunda-feira e que eles deveriam aguardar a sessão no TRT.

Nessa nova audiência, o juiz propôs a criação de uma comissão mista para acompanhar o cumprimento de todo o acordo, formada por três professores eleitos em assembleia, com estabilidade no emprego, e três nomes escolhidos pela mantenedora. Na ata também consta o compromisso formal da mantenedora elaborar e juntar aos autos do processo,  até o dia 19/09, a planilha dos valores relativos aos salários de junho e das férias de julho, acrescidas de 1/3, cujo montante será pago aos professores em quatro parcelas.

"Procuramos deixar claro a responsabilidade e a obrigação de o mantenedor cumprir o acordado", afirmou o professor Celso Napolitano. Na quinta-feira, dia 15, o SinproSP realizou assembleia com os docentes para eleição da comissão.

Foram trinta dias de greve, assembleias e reuniões no SinproSP a cada dois ou três dias  e uma conduta exemplar das professoras e dos professores da Unib. O movimento vitorioso deveu-se à coragem e à firmeza que esses professores demonstraram em todo esse período. 

Mas é bom lembrar: os docentes continuam em estado de greve e podem paralisar as atividades a qualquer momento, caso a Unib ouse descumprir qualquer item da proposta, como já fez no começo do ano.

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