Professora é demitida por aula sobre iluminismo e exclusão histórica feminina
Publicado no Jornal Extraclasse, do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul - Sinpro/RS: a demissão de uma professora de escola particular gaúha depois de um aluno, do alto de seus 13 anos (era do 8º ano), ter reclamado de uma aula sobre iluminismo, na qual a docente abordava também a exclusão histórica das mulheres.
Assinado por Gilson Camargo e publicado no dia 12 de agosto, o artigo (link ao final) é bastante detalhado. Certamente, um grande número de professoras e professores há de reconhecer certa familiaridade na história.
A professora falava da invisibilidade das mulheres na história política quando foi interrompida por um aluno que decidiu desfiar ofensas à Dilma Roussef, inclusive com a pérola "onde tem mulher só dá merda". O restante da história é previsível: a professora mandou-o pra coordenação, ele não quis ir, ela reclamou e meses depois, foi demitida da escola onde lecionava desde 2019. O Sinpro/RS entrou em contato com a direção da escola que, é claro, não admitiu a dimensão política da demissão.
O artigo retrata a solidão que muitos professores vivem nas escolas. Por vezes, apesar do cansaço por muitas aulas seguidas, um professor ainda tem que perder tempo na sala da coordenação para se defender de comentários e acusações feitas por alunos. Quem nunca viveu algo semelhante?
A essa professora corajosa, que não teve medo de contar a sua história e deu um lindo depoimento ao Extraclasse, o SinproSP expressa toda a sua solidariedade. Que esse fato encorage outros professores a denunciarem casos semelhantes para dar visibilidade a um problema, infelizmente, cada vez mais frequente.
Leia o artigo:
Professora demitida após aluno reclamar de aula sobre Iluminismo e exclusão histórica das mulheres (Jornal Extraclasse, 12/08/2022)