Direitos

Professores da Unib decidem entrar em greve a partir do dia 09

Atualizada em 08/08/2022 08:16

Reunidos em assembleia na manhã de sábado, 06 de agosto, professoras e professores da Universidade Ibirapuera rejeitaram a contraproposta patronal e decidiram entrar em greve caso suas reivindicações não sejam atendidas. O SinproSP notificou a Mantenedora no próprio sábado, garantindo, assim, o prazo legal de 48 horas determinado pela Lei de Greve.

Os professores reivindicam pagamento, em duas parcelas, das diferenças salariais devidas, recolhimento do INSS e do FGTS em atraso, estabilidade no emprego por um ano. Querem, ainda, que os salários e o 13º de 2022 sejam pagos nas datas corretas.

A assembleia também recusou a proposta encaminhada pela mantenedora, condicionada à não realização de greve. Ela previa mudança da data de pagamento dos salários para todo dia 15 do mês subsequente, depósito de um salário no dia 15 de agosto para quitar o mês de maio ou qualquer outro mês, caso o salário de maio já tivesse sido pago. Quanto aos demais débitos, a mantenedora propôs pagar em doze parcelas a partir de setembro de 2022, sempre no dia 30.

Problemas trabalhistas não são novos

Não é de hoje que as professoras e professores da Unib enfrentam graves problemas como atrasos no pagamentos dos salários, falta de recolhimento do FGTS e contribuição previdenciária, além do descumprimento de outros direitos trabalhistas.

Em 2021, os professores chegaram a deliberar greve, mas desistiram da paralisação, apesar dos alertas do Sindicato, depois de nova proposta feita pela mantenedora. A Unib não conseguiu cumprir todo o acordo e os problemas voltaram a se repetir em 2022.

Desde o início do ano, o SinproSP tem recebido denúncias contra a Unib e mantido contato permanente com os professores, com informativos, reuniões e assembleias. A assembleia do dia 06 de agosto, por exemplo, foi precedida de uma reunião com os professores no dia 02.

O Sindicato também adotou todos os procedimentos jurídicos para cobrar a mantenedora. No dia 30 de junho, realizou mais um Foro de Conciliação de Conflitos Coletivos e, em agosto, deu entrada a nova ação na Justiça do Trabalho. A primeira audiência será em 1º de setembro.

Contudo, a ação política da categoria, junto com o SinproSP, é insubstituível diante dos graves problemas enfrentados pelos professores.

Próximas ações

O SinproSP e os professores aguardam uma resposta da Unib até segunda-feira, dia 08.  Não sendo atendidas as reivindicações, a paralisação começa na terça-feira, 09. Uma reunião de avaliação está marcada para ser realizada, via Zoom, na quarta-feira dia 10 de agosto, às 17h30.

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