Educação

Justiça exige explicações do Governo de São Paulo sobre falta de professores

Atualizada em 14/07/2022 15:09

A Justiça de São Paulo determinou em 8 de julho que a Secretaria de Educação do estado esclareça a falta de professores do Ensino Médio e a estratégia de usar o ensino remoto como forma de ampliar a carga horária dos alunos no segmento. A decisão teve como base o processo movido pelo deputado estadual Carlos Gianazzi e o vereador de São Paulo Celso Gianazzi (ambos do PSOL), junto a mães de alunos, docentes e especialistas em educação.

A ação ajuizada pelos parlamentares foi baseada nos resultados de uma nota técnica da Rede Escola Pública e Universidade, a Repu. De acordo com o estudo, até abril deste ano, quase 25% das aulas no Ensino Médio estavam sem atribuição de professores. Esse percentual é ainda maior entre as turmas vespertinas e noturnas.

Carlos Gianazzi condenou a postura negligente do governo em não contratar mais professores antes de implementar as mudanças do novo Ensino Médio. “A irresponsabilidade do governo Rodrigo Garcia tem deixado milhares de jovens sem aulas, o que é inaceitável e representa um ataque ao direito constitucional de acesso à Educação. Isso só demonstra que o Novo Ensino Médio, implantado de forma autoritária e sem planejamento, é mais uma farsa desta gestão. Nosso mandato continuará pressionando para garantir a contratação de mais professores para a rede estadual”, disse.

Com a decisão da Justiça, o Estado tem 15 dias para apresentar explicações sobre o caso. Em entrevista à revista Época, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) ainda tentou minimizar a falta de professores. “Vamos olhar o copo meio cheio. Se tem 22% de aulas não dadas, tem 78% de aulas dadas”, afirmou.

 

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