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CPI do MEC é instalada, mas governo consegue retardar o seu funcionamento

Atualizada em 06/07/2022 21:12

Texto atualizado em 08/07/2022, às 17h20

O “acordão” rolou solto nos últimos dias e a CPI do MEC, apesar de instalada, ficará apenas para depois das eleições, como era o sonho de consumo do governo federal.

O requerimento que permitiu a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na noite de 06 de junho. Mas isso só aconteceu porque, no dia anterior, líderes partidários já haviam acertado empurrar o início dos trabalhos para depois de outubro.

Pacheco também fez outro agrado ao governo federal e leu requerimentos para abertura de duas CPIs defendidas por parlamentares governistas. Uma delas trata de obras inacabadas nas gestões do PT.

A alegação de que a CPI, se realizada agora, estaria contaminada pelo interesse eleitoral e pela polarização no país não convence. 

Afinal, não foram as eleições, mas sim as gravíssimas denúncias de corrupção, tráfico de influência, malversação de recurso público e a festança dos pastores que levaram ao pedido da CPI.

A bem da verdade, essa investigação poderia ter acontecido muito antes, por conta das sucessivas tragédias que têm vitimado o MEC desde 2018.

Por isso, a Diretoria do SinproSP defende a imediata escolha dos nomes que irão compor a Comissão e o início do trabalho ao término do recesso parlamentar, em 31 de julho.

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