Próxima rodada de negociação no ensino superior será dia 13/07
Com a discussão ainda no impasse, sindicatos e Fepesp voltam a reunir-se com os representantes patronais na próxima semana, dia 13. Na última rodada, dia 29, a única mudança foi a decisão de estender as cláusulas sociais da Convenção Coletiva até 1º de setembro. De resto, os mantenedores insistem em reajuste muito abaixo da inflação - 4% retroativo a março e 2% em janeiro de 2023 - e um abono de 30% em outubro.
A proposta patronal já foi rejeitada nas duas últimas assembleias, em todos os sindicatos que integram a Fepesp. Não é possível aceitar reajuste muito abaixo da inflação. Por outro lado, a comissão patronal se mantém irredutível e recusou todas as propostas dos trabalhadores para tentar romper o impasse, como buscar uma mediação no Tribunal Regional do Trabalho.
Diante desse quadro de dificuldades, os professores aprovaram, na assembeia do dia 15, estado de greve e uma articulação do movimento em nível nacional a partir de agosto. Isso porque as dificuldades enfrentadas em São Paulo são as mesmas na maior parte dos estados.
A ação predatória dos grandes grupos de educação
Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador das negociações em São Paulo, denuncia o comportamento predatório das grandes empresas de educação que atuam em escala nacional. "Esses grupos querem estabelecer um padrão rebaixado de direitos sociais e de remuneração em todo o país e por isso, têm participado diretamente das negociações em todo o país, defendendo a redução de direitos e reajustes muito abaixo da inflação", afirmou.
Por isso, Celso defende uma articulação nacional dos trabalhadores em Educação, potencializando a capacidade de enfrentamento da categoria. A ideia é realizar um ato nos estados onde não foi possível concluir as negociações.