Convenção Coletiva do ensino superior: cláusulas mantidas até 1º de setembro
Fepesp, em 29/06/2022
Em nova rodada de negociação da campanha salarial 2022 do Ensino Superior, nesta quarta-feira, 29/06, foi acordada a extensão da convenção coletiva de trabalho de professores e pessoal administrativo até o dia 1º de setembro. Anteriormente, essa vigência estava estabelecida até 12 de julho.
Todas as cláusulas do conjunto de direitos dos professores estão garantidas nesse período, enquanto seguem as negociações entre os representantes das mantenedoras das instituições de ensino superior privadas e a comissão de negociadores coordenada pela Fepesp.
Tanto o setor patronal como os sindicatos realizaram suas assembleias desde o ultimo encontro negocial. Pelas mantenedoras, nenhuma modificação foi decidida sobre a proposta de reajuste de 4% agora, 2% em janeiro de 2023 e abono de 30% em outubro (que não se incorpora ao salário). Pelo nosso lado, nas assembleias de 15 de junho professores e auxiliares, unanimemente, rejeitaram novamente essa proposta e reafirmaram as reivindicações: reposição da defasagem inflacionária e revisão das condições de trabalho.
“A comissão patronal foi informada dessa decisão e, mesmo assim, não negociam com seriedade”, disse Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação pela Fepesp. “Terão que enfrentar as consequências”.
Negociação em julho
Outras duas federações de professores e de auxiliares com atuação no Estado de São Paulo participam das negociações. Uma delas, a Fepaae, apresentou uma proposta de renovação da convenção coletiva por dois anos com reajustes salariais escalonados. A outra federação, a Fetee, não compareceu à negociação. Os representantes das mantenedoras pediram prazo para analisar as propostas. Nova rodada de negociação foi marcada para o próximo dia 13 de julho.
Ato em agosto
Assim, enquanto os professores entram em férias coletivas (uma conquista de nossas campanhas salariais que está inscrita na convenção coletiva de trabalho), os sindicatos irão se manter em negociação e preparar nossa mobilização.
“Não daremos descanso só por que é período de férias nas escolas” diz Celso Napolitano, lembrando que a mobilização será intensificada na volta às aulas em agosto. Um ato unitário dos sindicatos que estão em campanha salarial no Ensino Superior está planejado para agosto, em data a ser determinada.