Campanha Salarial

Ensino superior: assembleia aprova pauta com regulação do trabalho tecnológico

Atualizada em 10/02/2022 21:13

Troca de ideias e propostas, num clima de unidade. Foi assim que professoras e professores do ensino superior estiveram reunidos em assembleia na quinta-feira, dia 10, para definir as principais reivindicações da Campanha Salarial 2022. As deliberações serão, agora, encaminhadas para unificação da pauta na Federação dos Professores, que coordena a campanha salarial em âmbito estadual

Pauta

A pauta aprovada foi construída a partir de uma proposta apresentada pela diretoria, que recebeu importantes contribuições das professoras e professores presentes à assembleia.  Entre as principais reivindicações, reajuste, com aumento real e abono, vale-alimentação ou vale-refeição proporcional à carga horária e regulação do trabalho mediado por novas tecnologias. A segurança sanitária no retorno das aulas presenciais também foi um dos eixos das reivindicações.

Reajuste com reposição inflacionária, aumento real e abono

Além da reposição integral da inflação, que deve superar os 10% (média entre INPC-Ibge e IPC-Fipe de março/2021 a fevereiro/2022), a proposta prevê aumento real no valor de 50% da inflação.  Pede ainda um resíduo inflacionário (de 2021) de 2,69%  e um abono salarial de 50% de um salário como medida para compensar o reajuste tardio de 2021.

No Senai superior, a proposta prevê reposição integral pelo INPC-Ibge, aumento real de 50% da inflação e abono de 15%.

Trabalho tecnológico

A regulamentação do trabalho tecnológico, que tem sido uma pauta de reivindicação dos professores desde 2010, mas com a pandemia adquiriu, num caminho sem volta, uma nova dimensão e urgência. Como amplamente discutido na assembleia, a discussão sobre o trabalho mediado por novas tecnologias precisa atingir muitos aspectos: as aulas remotas, o trabalho nas plataformas, o fornecimento de equipamentos aos professores por seus empregadores, a proteção de dados e os direitos autorais, entre outras questões.

Todas essas propostas voltará à discussão, desta vez em nível estadual. No próximo dia 15 os vinte e quatro sindicatos que integram a Fepesp devem reunir-se para dar início à unificação das pautas de reivindicações.

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