Educação básica

Em ato remoto da ALESP, denúncias contra o Colégio Palmares e o grupo Vitamina

Atualizada em 03/02/2022 23:10

Com o apoio do SinproSP, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi realizaram, dia 03/02, ato em defesa das professoras e professores demitidos do Colégio Palmares. Em razão da pandemia, as atividades presenciais na Assembleia Legislativa continuam suspensas e por isso, o ato foi remoto.

Demitidos no final do ano, quatorze professores estão sem receber nada até agora e a escola se mantém irredutível, recusando-se a negociar com o Sindicato. Muitos deles trabalhavam no Palmares há muito tempo – quarenta, vinte, oitos anos. Outros seis professores pediram demissão e também não receberam.

Os professores acusam a escola de pressionar pela negociação individual e não coletivamente e sem a participação do Sindicato, para que abram mão de direitos trabalhistas.

O SinproSP tem atuado junto aos professores desde o surgimento das primeiras denúncias, em agosto de 2021. O diretor do Sindicato, Fábio Zambon, acompanhou o caso desde o início, quando a escola começou a atrasar o pagamento dos funcionários. “No caso dos salários, o Sinpro chamou a instituição  e o problema foi sanado. Só que diante do desligamento desses professores, a postura do Palmares foi intransigente. O Sindicato convocou a escola para reuniões e os representantes não compareceram. Diante disso, o SinproSP já deu entrada em processo na Justiça do Trabalho, como substituto processual, e o Palmares terá de pagar o que deve”.

O deputado Carlos Giannazi lembra que, além do descumprimento da lei trabalhista, a decisão do Colégio Palmares prejudica os estudantes. Afinal, como um projeto pedagógico pode ser garantido com tanta demissão?

O vereador Celso Giannazi criticou o avanço da precarização e sucateamento pelos grupos econômicos no ensino superior e que agora avança para a educação básica.

Grupo Vitamina

Diretores do SinproSP também aproveitaram para denunciar a rede chilena Vitamina, que comprou dezenas de escolas em São Paulo e retirou todos os direitos coletivos dos professores.

Os dois fatos mostram o impacto perverso da venda de escolas a grupos econômicos que não têm compromisso nem respeito com a Educação.

Celso Napolitano, diretor do SinproSP e presidente da Fepesp, fez uma importante análise. “As escolas de educação infantil são agora objeto de desejo de alguns grupos econômicos como o Vitamina. Esses empresários atuam à margem da legislação trabalhista e se aproveitam de uma conjuntura com o nível de desemprego muito grande, onde a oferta de mão de obra é muito maior do que a demanda nas escolas. Com o objetivo de maximizar o lucro, se valem de brechas nas leis para não respeitarem o que está garantido na Convenção Coletiva dos Professores e então podem chegar a oferecer um salário mínimo por quarenta e quatro horas semanais de trabalho.”

.