Colégio Palmares aposta na impunidade e não paga os professores demitidos
O Colégio Palmares, um dos mais tradicionais da capital e comprado recentemente por um fundo de investimentos numa operação milionária, começa 2022 como terminou 2021: insistindo em sua gestão truculenta e autoritária e mantendo a descabida tentativa de negar o pagamento de verbas rescisórias a professoras e professores demitidos ao final do ano letivo. O SinproSP não aceita essa posição e, desde que soube das demissões, tem atuado com firmeza para fazer com que a escola cumpra tudo o que a legislação trabalhista estabelece como direitos inegociáveis dos docentes demitidos.
A novela truculenta protagonizada pelo Palmares começou no final de dezembro, pouco antes do início do recesso garantido pela convenção coletiva, quando a escola demitiu 14 professoras e professores dos diferentes segmentos de ensino e disse a eles, sem qualquer constrangimento, que “os direitos deveriam ser buscados na Justiça”. Imediatamente, o SinproSP entrou em cena, garantiu todo o apoio e orientações aos docentes e realizou uma conversa com as e os demitidos, mobilizando e organizando a disputa política e jurídica e, ainda no final do ano passado, convocou a direção da Escola para uma reunião no dia 11 de janeiro, reforçando a exigência legal de pagamento das verbas.
Na tentativa de defender o indefensável, a direção do Colégio Palmares encaminhou às famílias de seus estudantes uma carta que mais esconde do que revela e omite o descumprimento das leis trabalhistas. Manchando a história do Palmares, essa direção mercantilista insiste em permanecer à margem da lei: não pagou as verbas devidas aos demitidos e não compareceu à reunião convocada pelo Sindicato. Prefere investir o dinheiro que deveria ser utilizado para pagar seus professores na contratação de advogados que encaminharam notificação extrajudicial ao SinproSP, exigindo “retratação” por divulgar a verdade dos fatos. A direção do Sindicato não se intimida e encarregou o departamento jurídico para cuidar dessa questão.
O SinproSP está em contato permanente com todas as professoras e professores demitidos, avaliando o cenário e construindo, a cada dia, as novas ações e encaminhamentos de uma disputa que, insistimos, é reveladora de uma postura patronal inaceitável. “O discurso de gestão moderna é apenas verniz, não resiste à prática de desmandos. O Sindicato continua pressionando a direção do Colégio a cumprir com suas obrigações e vai também recorrer à Justiça para fazer valer os direitos das professoras e professores demitidos”, finaliza Fabio Zambon, diretor do SinproSP.