Inflação em alta confirma acerto da Assembleia na aprovação da nova Convenção
O IBGE divulgou, dia 25, o IPCA-15, que funciona como prévia da inflação de novembro. O índice. 1,17%, confirma o que percebemos diariamente: o aumento cada vez mais acelerado do custo de vida. Uma evidência que confirma o acerto incontestável da Assembleia realizada dia 20, ao aprovar proposta para nova Convenção Coletiva.
Os professores da educação básica garantiram um seguro contra a corrosão salarial, já que a proposta aprovada repõe integralmente a inflação dos períodos de março/2021 a fevereiro/2022 e de março/2022 a fevereiro/2023. Não é pouca coisa.
De março a outubro de 2021, a inflação chegou a 7,23%. As projeções iniciais indicavam que esse percentual poderia atingir 11% às vésperas de nossa data base, mas a persistência de índices elevados deve empurrar o índice para 12% ou até mais. Esse percentual (ainda são projeções) será o índice de reajuste dos professores em março de 2022.
É bom lembrar que, além do reajuste salarial, a nova Convenção devolve à categoria a participação nos lucros (PLR), como um direito de todos os professores, em 2021 e nos próximos dois anos. A PLR se transformou em conquista coletiva, de toda a categoria em 1996, quando foi incluída pela primeira vez na Convenção. Foi assim que o Sindicato desmontou a lógica neoliberal da negociação por empresa, instituída para enfaquecer a luta coletiva.
Cesta básica/vale-alimentação, remuneração pelas provas substitutivas, complementação do auxílio previdenciário na licença médica, entre outras garantias, estão mantidas até fevereiro/2024 (no dissídio, iam até fevereiro/2022). São cláusulas que também contribuem para ampliar ou manter o poder de compra dos professores.
O ano de 2021 tem sido muito difícil e não deve melhorar em 2022 e 2023. Mas a Convenção das professoras e professores da educação básica se antecipa à crise e assegura mecanismos sólidos de proteção à categoria.