Dissídio Coletivo na Educação Básica: veja o que está em jogo nas negociações
O SinproSP já está pronto e deve dar entrada em ação de Dissídio Coletivo contra o Sieeesp nos póximos dias. Estamos em maio e a a proposta patronal está muito longe das principais reivindicações de professores e auxiliares de administração escolar (veja quadro comparativo logo abaixo). A autorização da categoria para o ajuizamento foi dado na Assembleia do dia 24 de abril. O Dissídio Coletivo também foi discutido no Conselho de Entidades Sindicais da Fepesp, na terça-feira, dia 04.
O processo no Tribunal Regional do Trabalho não significa, contudo, o rompimento das negociações. Os Sindicatos continuarão insistindo no diálogo, como têm feito até agora. A comissão sindical coordenada pela Fepesp chegou a apresentar uma contraproposta, mas ela foi retirada depois do comportamento intransigente dos representantes patronais.
No final de março, o Sieeesp, sindicato das escolas de educação básica, orientou as escolas a aplicarem 3,15% nos salários a título de antecipação salarial. O valor corresponde à metade da inflação e está muito abaixo da reivindicação apresentada pelos trabalhadores.
Mas não é apenas o reajuste que opõe patrões e empregados, mas também os direitos coletivos. “Os sindicatos querem negociar e entre as duas propostas há espaço para uma alternativa de consenso, mas para que isso ocorra é preciso haver compromisso e disposição para a conversa. Não é o que temos visto do lado patronal”, afirmou Luiz Antonio Barbagli, presidente do SinproSP.
Veja o que está em jogo nas negociações salariais: