Sindicatos voltam à mesa de negociação com patrões da educação básica
Depois de a proposta patronal para nova Convenção Coletiva ter sido rejeitada por assembleias em todo o estado no último sábado (24), a comissão sindical coordenada pela Fepesp voltou a se reunir com entidades que representam escolas de educação básica, na tarde desta terça-feira (27). Nessa nova rodada de negociação, os sindicatos comunicaram a decisão das Assembleias, manifestaram o compromisso nas negociações mas disseram que estão prontos para recorrer à Justiça caso as tratativas fracassem.
Os sindicatos de professores e auxiliares criticaram a proposta patronal apresentada no dia 22, que representa um recuo em relação aos que os patrões tinham oferecido no início das negociações: reajuste pela inflação parcelado em três vezes (2021) e duas vezes (2022), PLR de 6% e 8% e uma cláusula de incapacidade financeira que, se viesse a se aceita, possibilitaria às escolas não reajustar os salários! Sobre as cláusulas sociais, as entidades patronais querem manter as cláusulas da Convenção Coletiva de 2018.
A proposta dos trabalhadores prevê a reposição integral da inflação, aumento real, PLR de 24%, hora-atividade de 10% e manutenção das cláusulas do Dissídio Coletivo de 2019/2020, que garantiu avanços como pagamento da hora-tecnológica. A comissão sindical havia apresentado uma contaproposta que previa o parcelamento do reajuste de 2021, mas ela acabou retirada diante da posição dos sindicatos patronais.
“Apesar de rejeitar propostas insuficientes, as assembleias indicaram que não querem encerrar as negociações”, explica Celso Napolitano, que coordena a comissão de negociação dos sindicatos pela Fepesp. “Voltamos à nossa pauta original, retiramos todas as contrapropostas. É sempre importante e possível um esforço por uma proposta de consenso, mas não haverá resultado se o patronal se ancorar em uma proposta que não nos agrada”, diz.
Com informações da Fepesp