Aula pública no SinproSP discutiu o trabalho das professoras no SinproSP
Com o tema Mulher e Educadora: o trabalho das professoras na pandemia, o SinproSP recebeu na tarde de sábado, dia 27, três convidadas para falar, cada qual na sua área de pesquisa, sobre o trabalho docente: Vânia D'Almeida, livre-docente em Genética e professora associada em Psicobiologia na Unifesp; Tássia Bertoncini de Almeida, pesquisadora, psicológa social do Trabalho e membro do Núcleo de Ações em Saúde do Tabalhador e Haira Asabi, professora de sociologia da rede estadual em São Paulo, arquiteta, com mestrado em Ciências Sociais pela Unesp e ativista dos movimentos negro e LGTB+.
Tássia tratou da relação entre saúde mental e trabalho, uma relação muitas vezes negligenciada ou tratada como um problema individual, que atribuiu ao trabalhador a culpa pelo sofrimento e pelo adoecimento. Ela ressaltou que as novas formas de organização do trabalho trazidas pelo neoliberalismo têm acarretado uma precarização cada vez maior, porém a pandemia agravou ainda mais as condições de trabalho, o sofrimento e as consequências para a saúde mental. No caso da docência, que já é uma atividade bastante estressante, a necessidade de mudar repentinamente o tabalho, o aumento da carga horária, o controle das escolas sobre os docentes são fatores que agravaram as condições de vida e o sofrimento causado pelo trabalho.
Já, Vânia relatou uma pesquisa que está sendo desenvolvida, em programa de mestrado, pelo professor Gustavo Correa e que investiga os impactos do estresse e da privação do sono no bem estar dos professores. O estudo encontra-se em andamento, com um questionário que está sendo respondido por professores. Em sua fala, Vânia descreveu os primeiros resultados revelados pelas espostas de cerca de 700 professoras, predominantemente do ensino fundamental.
Hairan, por sua vez, falou da entrada das mulheres no magistério, por volta de meados do século XIX e de como essa profissão vai sendo vista a partir do momento em que se tornou uma profissão majoritariamente feminina.
A íntegra da aula pública está disponível na página do SinproSP no YouTube. Acesse aqui.