Primeira reivindicação: aulas remotas pra evitar o vírus
Fepesp, 02/03/2021
Começou a fase de negociação da campanha salarial 2021 e a primeira demanda posta na mesa pela comissão coordenada pela Fepesp foi pela proteção dos profissionais da Educação contra a infecção pelo coronavírus.
“Pedimos a volta do ensino remoto, o fechamento das escolas, a paralisação das aulas presenciais nesta fase da pandemia, a pior desde que iniciamos as medidas de emergência”, explica Celso Napolitano, da Fepesp. “As escolas já demonstraram que tem condições de usar o esquema de ensino remoto para cumprir com suas obrigações pedagógicas. E os casos de contaminação se multiplicam nas escolas. Somos notificados de estudantes adoecidos, funcionários contaminados, morte de professores. Nossa prioridade neste momento deve ser pela defesa da vida”.
Duas reuniões virtuais abriram hoje, 02/03, as negociações dos sindicatos com representantes patronais. Na primeira, entre a comissão de negociação coordenada pela Fepesp e representantes do Sesi/Senai, houve reconhecimento da gravidade desta fase da pandemia e a questão da suspensão das aulas presenciais levada à diretoria de educação da instituição.
Na sequência, na apresentação da pauta de reivindicações ao representante dos donos de escolas particulares da Educação Básica representados pela Feeesp (a Federação de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), houve concordância com a manutenção da validade das cláusulas da atual convecção coletiva de trabalho enquanto se negocia uma nova convenção. Mas houve recusa em se considerar qualquer proposta de paralisação voluntária do ensino presencial por parte das escolas.
Sesi/Senai: toda a pauta, ponto a ponto
Além do pedido de interrupção do ensino presencial, a comissão de negociação dos sindicatos respondeu a todas as questões sobre os pontos da pauta de reivindicações deliberada em assembleias realizadas em todo o Estado pelos sindicatos integrantes da Fepesp. Houve troca de esclarecimentos quanto aos pontos apresentados, e os pontos divergentes voltarão à discussão na próxima rodada.
Educação Básica: patronal quer voltar no tempo
Além da prorrogação da convenção coletiva vigente durante o período de negociações, com a manutenção de todas as suas cláusulas, não houve disposição por parte do patronal em discutir os demais itens das pautas de reivindicações de professores e de auxiliares de administração escolar.
O representante patronal revelou, que, na verdade, quer voltar atrás na história - e retroagir à convenção coletiva de 2018, sem reconhecer nossos avanços, nem as conquistas com as paralisações de 2019 ou a sentença normativa do dissídio coletivo de 2020.
As comissões de negociação dos sindicatos irão agora seguir com a negociação no Sesi/Senai, discutir o enfrentamento da intransigência patronal na Educação Básica e voltar à discussão com os patronais na próxima terça-feira, dia 9.