SinproSP

Para ler Gabriel García Márquez

Atualizada em 15/07/2005 15:23

A leitura das obras de Gabriel García Márquez é daquelas tarefas que oferece imenso prazer e satisfação. Vale a pena “perder” (muito!) tempo com os livros dele. Graças à força narrativa do autor, a seus personagens ao mesmo tempo simples e complexos, aos diálogos fortes e incisivos, às descrições reais e fantásticas, aos temas abordados, nos identificamos com suas histórias e somos transportados para o interior delas, participando das tramas quase que como mais um personagem.

Torcemos, vibramos, choramos, nos angustiamos e ficamos alegres com o desenrolar dos acontecimentos. E, quando a história termina, fica aquela sensação de “que tal mais um?”. O mês de julho reserva uma boa notícia para os admiradores do escritor colombiano: acaba de ser lançado no Brasil "Memórias de minhas putas tristes", obra em que García Márquez retoma, depois de dez anos, o gênero que o consagrou internacionalmente e que o ajudou a conquistar o Nobel de Literatura de 1982: a ficção, o romance.

Neste livro, García Márquez revela as aventuras amorosas de um professor de 90 anos e sua noite de amor com uma virgem adolescente. “O que poderia ser uma mera história de libertinagem torna-se, pelas mãos de García Márquez, um ensaio sobre a criação e sobre o amor”, escreve a repórter Ana Paula Souza, na revista “Carta Capital” de 08 de julho. Para os professores em especial, vale a pena também aproveitar o tempo de férias para (re) ler alguns clássicos do escritor, como “Cem anos de solidão”, “O amor nos tempos do cólera”, “Crônica de uma morte anunciada” e “Notícias de um seqüestro”. Para incentivar essa leitura, o SINPRO-SP publica abaixo um artigo da professora Irlemar Chiampi, da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo. Ela destaca algumas características marcantes da obra de García Márquez, a quem classifica como “um escritor do Caribe”.

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