Campanha salarial ensino superior

As últimas etapas da campanha salarial no ensino superior

Atualizada em 02/09/2020 21:11

Fepesp, 02 de setembro de 2020

As negociações para a renovação da convenção coletiva de professores e auxiliares no ensino superior privado do Estado de São Paulo estão perto do final. Na rodada realizada nesta quarta-feira, 02/09, um dos últimos itens foi posto na mesa: a atualização do seu salário durante a duração da convenção, em uma fase complicada do estado de emergência que vive o país. 

“Os sindicatos consideram que a hora é de defender as vantagens, os direitos que professores e auxiliares inscreveram com muita luta em sua convenção coletiva de trabalho”, avalia Celso Napolitano, coordenador da comissão salarial da Fepesp. “Temos acordo para a extensão da convenção coletiva por dois anos, teremos a manutenção integral de nossas cláusulas sociais, e isso é muito importante em uma época em que as relações de trabalho passam por desafios acentuados durante esta pandemia”.

Na rodada desta quarta-feira os sindicatos responderam à proposta de base salarial formulada pelas mantenedoras. Em uma negociação longa nesta campanha salarial 2020, iniciada antes da pandemia e dificultada pelas restrições e necessidades de adaptação impostas pelo necessário distanciamento social, os sindicatos defendem a reposição da defasagem salarial no período com a menor perda possível aos trabalhadores, em uma época em que poucas categorias em todo o Brasil tem conseguido repor a inflação - e, ao mesmo tempo, mantendo direitos conquistados nas muitas campanhas dos últimos anos.

A questão salarial passa ainda por uma interpretação mais ampla, em que devem ser considerados todos os aspectos da compensação a professores e auxiliares pelo seu trabalho. A manutenção de itens da convenção como assistência médica a todos, bolsas de estudo aos dependentes dos trabalhadores, garantia semestral de salários ou estabilidade ao trabalhador em vias de aposentadoria devem ser considerados financeiramente nesse quadro. “E negociamos para que todos esses direitos sejam preservados até o final de fevereiro de 2022 em uma nova convenção”, diz Napolitano.

A defesa da convenção coletiva é um dos desafios de professores e auxiliares nesta época de testes difíceis que vieram junto com a pandemia. O ensalamento de alunos em aulas virtuais, a precarização do ensino e das relações de trabalho, a redução do quadro de docentes em várias instituições tem sido denunciados pela Federação e pelos sindicatos, enfrentadas na Justiça ou com o Ministério Público do Trabalho, fazem parte do cenário em que se desenrolou a campanha salarial de 2020.

A proposta que resultar desta etapa final das negociações será submetida à deliberação de professores e auxiliares em assembleias convocadas pelos sindicatos. As assembleias deverão ser realizadas de forma virtual. Fique atento às convocações do seu sindicato e às instruções para a sua participação remota nas assembleias!

Fonte: FEpesp

 

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