Escolas particulares não podem reabrir em setembro
Nem aulas de reforço, laboratório, “acolhimento” ou o que for. As escolas particulares, assim como as públicas, não poderão retomar atividades presenciais com alunos em setembro. A decisão da Prefeitura de São Paulo foi tomada com base na quarta fase do inquérito sorológico, que testou seis mil crianças e jovens da rede municipal, entre 4 a 14 anos de idade.
O resultado mostrou que a taxa de contaminação entre os alunos – 16% - é bem maior do que os 10,9% da população em geral. Mais grave ainda é que três alunos, em cada quatro, são assintomáticos. Isso aumenta o risco de contaminação dos estudantes, professores e demais trabalhadores e favorece o aumento da epidemia na cidade.
“A retomada das aulas significaria a ampliação do número de casos, do número de internações e do número de óbitos, razão pela qual, na cidade de São Paulo, nós não teremos o retorno das aulas em setembro, como o Estado autorizou, das aulas de reforço", disse o prefeito Bruno Covas, na coletiva em que anunciou a decisão.
Covas também não garantiu a reabertura em outubro. A decisão dependerá ainda de novos inquéritos sorológicos, inclusive entre alunos da rede estadual e da rede privada.
Escolas abertas, vidas em risco
Sem controle da epidemia, a abertura das escolas é um barril de pólvora. Não há medidas sanitárias que consigam impedir a contaminação e a disseminação da doença.
O SinproSP continua defendendo que a reabertura das escolas só possa ocorrer no tempo certo, determinado por parâmetros epidemiológicos. Foi o que aconteceu hoje e que – espera-se – continue daqui pra frente.
As professoras e os professores conhecem, melhor do que ninguém, a importância da escola. Mas hoje, é a vida que está em jogo.