Professores arcaram com os custos do trabalho na pandemia, afirma Luiz Barbagli
Férias sem descanso, aumento de despesas, sobrecarga de trabalho, perda do espaço e do tempo privados e acordos de redução de salário. Este foi o panorama desenhado pelo professor Luiz Antonio Barbagli para descrever o que tem sido a vida e o trabalho dos professores durante a pandemia. Ele falou ao jornalista João Franzin, da Agência, em entrevista transmitida ao vivo na tarde de 28 de maio.
Para Barbagli, todos foram surpreendidos pela pandemia e as escolas, sobretudo as de educação básica, não estavam preparadas para a substituição de aulas presenciais por atvidades remotas por um tempo tão longo.
"Os professores foram obrigados a arcar sozinhos com as mudanças, inclusive do ponto de vista financeiro", disse Luiz. "Para piorar, fomos atropelados por duas medidas provisórias - a 927, que permitiu a antecipação de férias e a 936, que autorizou acordos de redução de salários".
Perguntado se o SinproSP teve que recorrer à Justiça durante a pandemia, o presidente do SinproSP lembrou que os sindicatos, junto com a Fepesp, questionaram os acordos de redução salarial para professores. Falou também que o departamento jurídico do Sindicato está preparando ações coletivas contra as escolas que não reajustaram os salários em 2019 e em 2020, como determinou o dissídio coletivo da categoria.
Assista à íntegra da entrevista: