Reforma da Previdência: a conta é toda nossa
É possível que uma parcela dos eleitores do atual presidente comece a se dar conta agora do alto custo de sua vitória para a sociedade.
Diante de uma economia paralisada, com mais de 13 milhões de desempregados, o governo ofereceu como única alternativa uma reforma que será paga exclusivamente pelos trabalhadores, sobretudo os mais pobres, mas não apenas eles. A classe média será duramente afetada, pois terá que trabalhar muito mais, receberá menos (se conseguir se aposentar) e ainda terá um desconto maior nos salários todos os meses.
Quem ganha mais de R$ 2 mil por mês passa a contribuir com 12%, contra os atuais 9%. Se o salário for superior a R$ 3 mil, a alíquota aumenta para 14%. O desconto para quem ganha até um salário mínimo cairá 0,5%. É o que está na proposta de emenda constitucional (PEC 06) aprovada na Câmara dos Deputados em primeiro turno, dia 13/07.
E prepare-se: essa tabela é provisória e valerá até que uma futura lei ordinária altere as alíquotas de contribuição.
A PEC 06 ainda prevê desconto progressivo, como no imposto de renda, e correção da tabela junto com as aposentadorias.
Mas, afinal, foi para isso que este governo foi eleito?