SinproSP

Convenção coletiva: professores do ensino superior exigem respeito

Atualizada em 20/05/2005 15:21

O reajuste salarial dos professores do ensino superior continua indefinido. O SINPRO-SP recusa-se a permitir o desmonte da convenção coletiva da categoria com a retirada de conquistas importantes.

O Sindicato tem mantido o canal aberto de negociações e trabalha empenhado para pôr fim ao impasse. No entanto, a resistência às investidas patronais é necessária como forma de preservar a dignidade do trabalho docente. “Não podemos simplesmente aceitar o que querem dos mantenedores. Temos que impor resistência e exigir respeito aos nossos direitos”, explica Luiz Antonio Barbagli, presidente do SINPRO-SP.

O que querem mudar
São vários os alvos dos mantenedores. Entre eles está uma cláusula da convenção conhecida como “garantia semestral de salários”. Em linhas gerais, essa conquista garante que ao ser demitido no meio do semestre, o professor tem direito de receber salários até o fim do mesmo.

É uma forma de proteger o docente e evitar que as instituições saiam dispensando ao bel prazer. Pois bem. O que eles querem é justamente estar livres para demitir quando e como bem entenderem, sem ter que dar qualquer satisfação à ninguém.

Outro alvo é o recesso. Os mantenedores “propõem” o fim desse direito. Querem que o professor fique à disposição da mantenedora e exerça atividades nesse período, descaracterizando por completo a cláusula que há anos consta na norma coletiva do segmento.

Mas não termina por aí. As instituições querem também modificar cláusulas como bolsa de estudo e assistência médica, o que no final das contas, significaria perdas significativas para muitos professores.

A demora, portanto, para definição do reajuste, bem como a renovação da convenção coletiva de trabalho, é uma forma de preservar o professor e suas conquistas profissionais. E de exigir respeito.

.