15 de Maio de 2019
Foi uma quarta-feira histórica, para renovar as esperanças, retomar o protagonismo nas ruas e dar novos contornos à disputa política no país. O tsunami que começou a se formar no início da tarde arrastou uma multidão que ocupou a avenida Paulista inteirinha, desceu pela Brigadeiro Luis Antonio e desembarcou na Assembleia Legislativa, no Ibirapuera, quando já era noite, para encerrar o Dia Nacional de Greve da Educação.
O movimento, que originalmente se voltava contra a reforma da previdência, cresceu de forma avassaladora e, a partir dos ataques e desmandos do governo federal, ampliou sua agenda e tomou as ruas para dizer que também não aceitaremos o corte de verbas, o sucateamento das universidades públicas e o desmonte do sistema de produção de conhecimento do país - tampouco nos calaremos diante da perseguição às Humanidades e das ameaças à livre atividade docente.
Foi uma vigorosa demonstração de luta unitária. Marcharam juntos professoras e professores de escolas públicas e privadas, estudantes de todas as idades e segmentos de ensino, trabalhadoras e trabalhadores em Educação da capital e de cidades próximas, pais e mães comprometidos com o ensino democrático e de qualidade. Em todo o Brasil, os protestos reuniram dois milhões de pessoas. No #15M, as aulas aconteceram mesmo no espaço público.
Agora, é 14 de junho
O momento agora é de aproveitar essa poderosa energia política para construir a grande greve geral de 14 de junho, convocada, também de forma unitária, por todas as centrais sindicais. A mobilização em cada uma das escolas privadas da capital, em todas as regiões, deve começar já, com as conversas e reuniões entre os professores, as visitas da diretoria de base do SinproSP, a distribuição de material, a circulação de informações - e todo esse processo de organização coletiva vai convergir para uma assembleia da categoria, a ser realizada em breve, na sede do Sindicato.
Fiquem atentas e atentos à convocação. Recebam as notícias pelo whatsapp do SinproSP - (11) 95278-1230 . No #14J, o tsunami da Educação vai dizer mais uma vez "presente". E ajudar a parar o Brasil.
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