Ação do SinproSP garante indenização para professores do Colégio Veruska
Demorou, mas a justiça foi feita. Vinte professores que lecionaram no Colégio Veruska em 2006 começam a receber, do Banco Santander e da escola, uma indenização por danos morais de quase R$ 320 mil, mais exatamente R$ 15.962,29 para cada um.
A ação judicial foi promovida pelo SinproSP depois de uma denúncia no Sindicato. Os professores descobriram empréstimos consignados feitos em nome deles, sem o seu conhecimento e autorização, com assinaturas falsificadas. Na época, o banco era o ABN Amro Real, posteriormente comprado pelo Santander.
Os “empréstimos” eram feitos na agência onde os professores recebiam os salários. Os valores eram transferidos para uma outra conta - de um ex-sócio da escola - e quitados antes que a primeira parcela fosse descontada dos professores. Por isso, a fraude só foi descoberta no início de 2007, quando chegou o informe para imposto de renda.
Em 2008, um primeiro julgamento reconheceu os contratos eram fraudulentos e determinou uma indenização por danos morais de R$ 900,00 para cada professor.
As duas partes recorreram. No caso dos professores, para aumentar a indenização. Em 2014, a Justiça aumentou a indenização para R$ 4 mil a cada professor. A execução da sentença estendeu-se até 2019 e agora, os valores corrigidos começam a ser pagos.
Demorou, é verdade. Mas essa história mostra como é importante não permanecer calado. Os professores se organizaram, vieram ao Sindicato e conseguiram fazer valer os seus interesses.