Campanha salarial

Assembleia rejeita proposta patronal e define agenda de mobilização

Atualizada em 28/02/2019 15:59

Mesmo com bastante chuva, as professoras e os professores da Ed. Básica vieram ao SinproSP na manhã desta quinta-feira, 28, para participarem da assembleia e decidirem os próximos passos da Campanha Salarial 2019. A categoria deliberou pela rejeição das duas propostas apresentadas pelo sindicato patronal e pela continuidade das negociações. Os professores ainda propuseram ações de mobilização, discutiram sobre as próximas estratégias de enfrentamento que serão adotadas e aprovaram a possibilidade de instauração de dissídio coletivo caso as negociações fracassem, mediante autorização de nova assembleia.

Preocupados com ameaças trazidas pela reforma trabalhista, as professoras e os professores debateram sobre a importância de um acordo por dois anos. “Ter os direitos garantidos por mais tempo dá fôlego para quem está na escola”, disse uma das presentes. Já outro participante ressaltou a importância política de garantir a Convenção até 2021: “Se os professores não lutarem com força, passaremos um exemplo ruim para outras categorias”, disse.

Outro tema bastante discutido na assembleia foi a nocividade das novas formas de contratação e outros subterfúgios utilizados por algumas escolas para burlar a legislação trabalhista e o cumprimento dos direitos garantidos pela Convenção Coletiva dos Professores. “Não à pejotização! Não à terceirização! Chega de aceitarmos contratos com outra nomenclatura que não seja de professor!”, bradou um dos presentes.

Reivindicações prioritárias

Estratégias e ações

A Assembleia decidiu priorizar, nas próximas rodadas de negociação, quatro reivindicações da pauta entregue ao Sieeesp ainda em novembro de 2018. São elas:

I - assinatura da Convenção Coletiva por dois anos;

II - garantia de manutenção de todas as cláusulas, até a assinatura de nova Convenção Coletiva (ultatividade);

III - blindagem contra a reforma trabalhista, com a proibição de contratação terceirizada ou por PJ;

IV - aumento da hora-atividade de 5% para 15%.

Em março, já estão agendadas duas reuniões com o Sieeesp, nos dias 12 e 19. Para intensificar a mobilização dos professores e pressionar os donos de escola, a assembleia aprovou uma agenda de luta que prevê dois atos e uma assembleia que pode deliberar paralisação da categoria. Confira o calendário:

- Dia 21 de março, quinta-feira, às 13h – manifestação e panfletagem no sindicato patronal, onde acontecerá a assembleia dos donos de escolas;

- Dia 22 de março, sexta-feira (local e horário a definir) – participação no Dia Nacional de Luta contra a reforma da previdência, que está sendo convocado pelas centrais sindicais, com concentração das professoras e professores na Praça dos Arcos e caminhada até o local do ato;

- Dia 23 de março, sábado, 10h – assembleia das professoras e professores, no SinproSP. Na data, a categoria irá analisar eventual nova contraproposta patronal e deliberar sobre a possibilidade de paralisação (indicativo) em 28/03.

Mobilize os colegas e participe

Agora é fundamental que as conversas e a organização sejam intensificadas, a partir dos locais de trabalho. Diretoras e diretores do Sindicato continuarão visitando as escolas, para ouvir as demandas das professoras e professores, orientar, trocar experiências e distribuir material.

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