Ato na Unicastelo reúne mais de 200 pessoas
Em greve há quase uma semana, os professores da Unicastelo realizaram nesta quinta-feira um ato em frente à reitoria que contou com a participação de mais de 200 pessoas.
Até agora a mantenedora não apresentou qualquer proposta para acertar os salários atrasados e as pendências relacionadas ao FGTS e INSS. Divulgou um comunicado dirigido aos estudantes registrando apenas que “a mantenedora está envidando o máximo de esforços para colocar em dia os pagamentos de salários em atraso, mês de março, bem como o 13º e 1/3 de férias”.
Neste sábado, dia 7, a partir das 10 horas, os professores estarão reunidos para avaliar e definir os rumos do movimento. A assembléia acontecerá na sala 2 do prédio da Educação Física.
Um problema que se arrasta
Após 60 dias de trégua pedidos pela reitoria, os professores da UNICASTELO decidiram por unanimidade, no último sábado, deflagrar o movimento de greve por tempo indeterminado.
Não o fazem sem se preocupar com os alunos e com o projeto pedagógico da escola. Ao contrário. Quando optaram pela trégua na greve esperavam que a reitoria lhes apresentasse propostas que pusessem fim aos problemas trabalhistas que há muito sofrem.
É de conhecimento da comunidade universitária de Itaquera que os professores constantemente são submetidos a atrasos de salários, que em alguns momentos chegam a três meses. Infelizmente, esse problema é a ponta de um iceberg que esconde outros tão sérios quanto os atrasos de salários: dívida com o INSS, FGTS atrasado há anos, professores demitidos sem a rescisão contratual, problemas com a receita federal e descumprimento da convenção coletiva de trabalho. Tudo isso mostra o descaso com que os professores são tratados.
Por essa realidade, pela incapacidade da reitoria de ter apresentado alguma proposta que resolvesse os problemas e pela total indiferença por parte dos mantenedores, os professores optaram pela greve como último recurso que procura resguardar seus direitos de cidadãos e de trabalhadores que são.
