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Ameaça, intimidação ou constrangimento precisam ser denunciados

Atualizada em 09/11/2018 16:27

Apesar de ainda não ter sido aprovado pelo Congresso Nacional e, portanto, não ter força legal, o projeto Escola Sem Partido já reverbera de forma perigosa no cotidiano da sala de aula, incentivando uma cultura de desconfiança e perseguição ao livre trabalho docente. Nos diferentes níveis de ensino, acumulam-se os casos de censura, gravações e pressão ostensiva de pais de alunos.

Seja uma ameaça explícita, um constrangimento ou uma intimidação, qualquer que seja o motivo, é importante que os professores e professoras procurem o SinproSP imediatamente, para denunciar e buscar as orientações jurídicas, pedagógicas e políticas e, sobretudo, apoio para enfrentar o problema. Venha pessoalmente ao Sindicato, ligue (5080.5988) ou escreva para semmedo@sinprosp.org.br

O Sindicato é o espaço da escuta, do acolhimento e da proteção. Os diretores e advogados têm oferecido todo o suporte necessário e ajudado a viabilizar possibilidades de atuação que contemplam as especificidades de cada caso, a partir de um princípio comum inegociável: a liberdade de pensamento e de condução das aulas, sintonizada com as diretrizes dos projetos pedagógicos construídos em cada escola.

Ações estão construindo uma rede de proteção

A luta do SinproSP contra o movimento Escola Sem Partido não é nova. Agora, disposto a ampliar o alcance dessa atuação e com objetivo de costurar uma rede democrática de proteção ao trabalho dos professores, o SinproSP, representado pela Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), firmou parceria com o Instituto Vladimir Herzog, uma das instituições de referência nas lutas por direitos humanos no país. Já há conversas adiantadas também com a Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC/SP) e um encontro com a Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, deve em breve acontecer, a fim de fazer avançar os caminhos jurídicos de atuação.

Na próxima terça-feira, dia 13 de novembro, o Sindicato participará da audiência pública sobre o Escola Sem Partido convocada pelo deputado estadual Carlos Giannazi, às 19h, na Assembleia Legislativa. No dia 22 de novembro, às 18h, na Faculdade de Direito da USP (Largo São Francisco), haverá um encontro, convocado pela Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), das diversas entidades e coletivos que representam professores, para também organizar estratégias de resistência.

Como parte do ciclo de palestras que já foram realizadas em outubro e novembro, para qualificar a Campanha Salarial, o Sindicato está preparando, também, um Encontro para discutir os direitos humanos, a liberdade de ensinar e as ameaças representadas pelo Escola Sem Partido.

E é assim que os professores vão se organizando para enfrentar e resistir ao denuncismo, à censura e à violência. Não tenha medo. Você não está sozinha, nem sozinho.

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