CARTA ABERTA DOS PROFESSORES DO COLÉGIO RIO BRANCO - UNIDADE HIGIENÓPOLIS
Aprovada em 2017, a reforma trabalhista abriu precedentes para que as convenções sindicais fossem modificadas. Neste momento, provêm do sindicato dos estabelecimentos de ensino privado propostas que tornam nossa condição de trabalho ainda mais árdua e que nos colocam em uma situação de extrema insegurança. Entre as mudanças que podem ser ajuizadas em breve, destacamos a redução ou cancelamento de bolsas de estudo para filhos de docentes, a perda da garantia semestral de salário, diminuição do recesso escolar, e a possibilidade de alteração, sem qualquer uma das restrições já existentes, do período de férias, carga horária e salário.
Embora o Colégio Rio Branco tenha aberto espaço para o diálogo entre os professores e tenha se comprometido a manter a maior parte dos atuais acordos, acreditamos que é necessária a proteção legal de toda a categoria. Dessa forma, apoiamos a manutenção dos direitos que são condizentes com a especificidade de nosso regime laboral e lutamos por sua continuidade em todas as escolas particulares.
O advento de transformações significativas em diferentes esferas da vida torna o exercício docente ainda mais desafiador. Por isso, qualquer proposta que vise a alterações das condições de trabalho dos professores deve enaltecer ainda mais sua atividade profissional, e não promover formas de precarização.
Contamos com o apoio de nossos alunos, pais e demais responsáveis. Sabemos também que a causa dos professores é legítima aos olhos da direção do Colégio Rio Branco, que sempre prezou pelo respeito a seus funcionários e priorizou a qualidade de ensino.
A construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, em que os indivíduos fazem valer suas escolhas ao mesmo tempo em que estabelecem laços éticos com seus semelhantes, depende da ação de professores bem preparados e, acima de tudo, devidamente valorizados.
São Paulo, 27 de maio de 2018.
Professores do Colégio Rio Branco – Unidade Higienópolis