Ensino superior: planos de saúde estão prorrogados até 1º de maio
A cláusula que garante a concessão de plano de saúde a todos os professores do ensino superior privado de SP está prorrogada até 1º de maio, pelo menos. A decisão foi aprovada em assembleia do sindicato patronal (Semesp) no dia 02/04 e comunicada à Federação dos Professores (Fepesp).
Os sindicatos e a Fepesp sempre defenderam a manutenção da cláusula até o término das negociações. Ainda assim, a extensão por mais um mês dá maior fôlego aos professores e trabalhadores não docentes e aos seus sindicatos.
Negociações envolvem cinco cláusulas
A campanha salarial no ensino superior está limitada a cinco cláusulas: reajuste; plano de saúde; bolsas de estudo em cursos que tem a oferta de vagas reguladas: medicina, odontologia, psicologia e direito; indenização adicional na demissão de professor com 50 anos ou mais e creche. As demais cláusulas da Convenção Coletiva estão garantidas até o final de fevereiro/2019.
As negociações começaram em janeiro e têm avançado, ainda que lentamente. O principal problema é o plano de saúde. Inicialmente, o sindicato patronal queria a exclusão da cláusula, ficando a cargo de cada mantenedora conceder ou não. Agora, o Semesp quer discutir mudanças na cláusula, como coparticipação em consultas e exames e direito de permanência temporária em caso de demissão ou aposentadoria.>
Negociações
No dia 05/04, em nova rodada de negociação o plano de saúde voltou a ser discutido. Os representantes patronais voltaram a falar da coparticipação, sistema no qual o professor pagaria um valor por exames e consultas. Por outro lado, os sindicatos querem garantir que o professor continue com o direito de opção pela permanência temporária no plano de saúde em caso de demissão.
Também na reunião, os sindicatos que representam professores e trabalhadores não docentes insistiram no reajuste de salários. A reivindicação prevê reposição integral da inflação e aumento real.
A inflação acumulada de mar/2017 a fev/2018 é de 2,14%. O valor foi calculado pela média do INPC-Ibge, ICV-Dieeese e IPC-Fipe, critério adotado nas negociações salariais há muitos anos.
Quanto ao aumento real, a proposta dos professores prevê 3% como aumento global se a Convenção for assinada por dois anos. A forma de pagamento dependeria das negociações. Se a Convenção for assinada por apenas um ano, o aumento real reivindicado é de 2%.