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SinproSP participa de debate sobre reforma trabalhista no Colégio Equipe

Atualizada em 29/03/2018 10:47

A reforma trabalhista e a Convenção Coletiva foram tema de um debate promovido pelos professores do Colégio Equipe na noite de 28/03 e que contou com a participação do SinproSP. Estiveram presentes 80 professores, de diversas escolas.

Foram convidados a falar a professora Silvia Barbara, diretora do Sindicato, o advogado trabalhista e pesquisador Francesco Scotoni e o jornalista Sérgio Gomes, da Oboré, com mediação da professora do Equipe, Luana Chnaiderman.

Segundo Silvia Barbara, os professores são a primeira categoria a enfrentar um dos aspectos mais perversos da reforma trabalhista. Ela se referia ao artigo da nova lei que acaba com a prorrogação automática das cláusulas até que nova Convenção seja assinada. O sindicato patronal valeu-se da lei e se recusou a estender a Convenção até que as negociações fossem concluídas.

Francesco contextualizou a aprovação da reforma, chamando atenção para a rapidez da tramitação e a ausência de debate. Para ele, a ausência de debate e o radicalismo das mudanças expõem contradições que abrem possibilidades de resistência no âmbito jurídico e, principalmente, na ação política. O advogado também apontou alguns exemplos da nova legislação que conflitam com direitos constitucionais.

Sérgio Gomes falou da importância dos sindicatos como expressão das lutas reivindicatórias dos trabalhadores do século XIX até hoje. Ele fez um alerta: nesse momento, de ataque feroz a conquistas construídas ao longo de mais de duas décadas, o que deve unir os professores é a defesa de seus direitos. E completou: “a unidade ideológica é impossível, a unidade orgânica, desejável e a unidade na luta, é possível e necessária”.

Os três debatedores concordaram que as dificuldades não transformam tudo em terra arrasada, mas oferecem possibilidades de luta e resistência.

A segunda parte do debate foi aberta a perguntas dos participantes.

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