Campanha Salarial 2018: pauta de reivindicações começa a ser unificada
A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) reuniu na terça-feira, dia 28, vinte e cinco sindicatos para dar início à construção da pauta de reivindicações unificada da Campanha Salarial. A pauta tem como base as decisões das assembleias locais, realizadas pelos sindicatos em todo o Estado, entre os dias 25 e 27 de novembro.
Em comum, as assembleias votaram pela defesa intransigente da Convenção Coletiva de Trabalho e pela inclusão de cláusulas de salvaguarda para blindar a categoria contra a reforma trabalhista. Em algumas assembleias, também surgiram outras demandas: em São Paulo, foram aprovadas a hora-tecnológica e a ampliação das licenças maternidade e paternidade; em Campinas, a proibição de banco de horas.
Há um consenso entre todas as entidades: a Campanha Salarial 2018 começa num ambiente de muita dificuldade. A reforma trabalhista autoriza a redução de direitos por meio de acordos e convenções e desequilibra a relação de trabalho, em favor das empresas e não mais dos empregados. Para que ao menos esse ‘equilíbrio’ seja restabelecido, vai ser preciso o compromisso e a participação ativa na Campanha Salarial de toda a categoria.
Entenda a organização da Campanha Salarial
As negociações são unificadas no Estado , com a participação de vinte e quatro sindicatos sob a coordenação da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp). A data base é 1º de março.
A Campanha abrange professores e auxiliares de administração escolar que trabalham na rede privada. Em 2018, haverá diferenças de acordo com o segmento. Na educação básica, a Convenção Coletiva vale até 28 de fevereiro de 2018. Por isso, além das questões econômicas (reajuste, piso salarial etc), todas as cláusulas sociais terão que ser renegociadas. Entre elas, reajuste, piso salarial, participação nos lucros, garantia semestral de salários, recesso, bolsa de estudo, férias coletivas de 30 dias corridos, cesta básica, estabilidade a 24 meses da aposentadoria.
Já, no ensino superior, a maior parte da Convenção está assegurada até fevereiro de 2019. A negociação de 2018 está limitada a cinco cláusulas: reajuste salarial, plano de saúde, bolsa de estudo em cursos de medicina, odontologia, psicologia e direito, indenização adicional para professores com mais de 50 anos e creche.