Debate sobre a reforma universitária ganha força
A discussão pública sobre o anteprojeto de reforma da educação superior apresentado pelo MEC está ganhando força e envolvendo nomes e instituições de peso do ensino universitário.
Ao contrário do que queriam os setores empresariais mais obscurantistas que, apressadamente, manifestaram-se pelo puro descarte da proposta governamental (alguns chegaram a pedir a cabeça de Tarso Genro), a sociedade brasileira começa a apresentar sugestões para aperfeiçoamento do anteprojeto.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência manifestou-se favorável ao debate e defendeu maior controle do Estado sobre as universidades privadas, como apurou a Folha de S. Paulo do dia 22/02. A Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Universidades Comunitárias, Associação Brasileira de Universidades Estaduais e Municipais, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior e o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e a própria SBPC também já haviam indicado, em nota pública conjunta, a importância e urgência do debate.
As propostas começam a aparecer, a exemplo das contribuições do Fórum de Pró-Reitores de Graduação (ForGrad) e da União Nacional dos Estudantes. O próprio SINPRO-SP já enviou suas contribuições ao MEC e acredita que o debate em torno da reforma universitária é, sim, necessário.