Entidades manifestam apóio e pedem amplo debate na reforma universitária

Entidades de representação de professores, entre elas o SINPRO-SP, CONTEE, FEPESP, CNTE, UNE, Fasubra e Proifes, estiveram nesta segunda-feira com Tarso Genro para manifestar apóio à iniciativa do MEC de apresentar um anteprojeto da reforma universitária. Para o grupo, o documento é importante para a reestruturação do ensino superior brasileiro e deve ser amplamente discutido.

Nas últimas semanas, o anteprojeto do MEC tem sido alvo de intensos ataques. O mais feroz deles vem dos dirigentes do ensino privado que o desqualificam por completo, chegando a exigir que seja jogado no lixo, sem apresentar uma proposta sequer. Os empresários não concordam com a idéia de disciplinar a ação das instituições particulares. Na avaliação do SINPRO-SP, esse deve ser o foco central do debate, posição partilhada pela Contee e FEPESP.

Durante o encontro, o ministro afirmou que é preciso consolidar a linha de debate ideológico em torno da reforma universitária. “A essência do anteprojeto é a republicanização do ensino”. Tarso Genro enfatizou ainda que há três questões das quais o MEC não abre mão: consolidar o ensino superior como um sistema, fazer da educação um bem social (e não uma mercadoria) e expandir a rede pública, aumentando a verba para o setor.

O MEC apresentou o anteprojeto da reforma do ensino superior no final do ano passado, abrindo-o para o debate com a sociedade. A princípio receberia as sugestões até 15 de fevereiro, prazo que foi prorrogado até 28 deste mês. Em janeiro, o SINPRO-SP enviou ao MEC suas propostas de emenda (leia mais aqui).