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Em estado de greve, professores da FMU aguardam por novas negociações

Atualizada em 03/08/2017 00:03

Professores da FMU decidiram aceitar parcialmente a proposta apresentada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e permanecer em ‘estado de greve’ nos próximos dias, à espera de um avanço nas negociações. A decisão foi tomada na assembleia realizada no SinproSP, na tarde do dia 03, horas depois da audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho.

A assembleia contou com a participação do deputado Carlos Giannazi (Psol) e do DCE Dina do Araguaia, que prestou solidariedade aos professores e denunciou o autoritarismo na FMU.

Proposta no TRT

O desembargador do TRT Carlos Roberto Husek, que presidiu a sessão no TRT, reconheceu a greve e defendeu uma proposta, classificada por ele como uma “cláusula de paz”.

Segundo a proposta, a FMU deve garantir, aos demitidos, o pagamento integral do plano de saúde até outubro e a manutenção das bolsas de estudo dos professores e seus dependentes, até o final do curso . A Convenção Coletiva de Trabalho assegura o benefício até o final do ano letivo.

As negociações devem continuar, pelo menos nos próximos dez dias, quando as partes voltarão ao TRT para encerrar ou dar continuidade ao processo.

Falta de transparência

Em resposta ao pedido do SinproSP de suspensão da reforma curricular, a FMU alegou que conseguiu manter a remuneração para a maior parte dos professores, pela implantação do plano de carreira e subsídio no plano de saúde dos dependentes.

A assembleia questionou os argumentos da FMU, alegando que o plano de carreira é insuficiente para recompor as perdas. Foram citados exemplos em que o acréscimo foi de apenas R$ 2,00 por hora-aula.

Além do pequeno valor atribuído na movimentação, os professores denunciaram a falta de transparência, em especial nos critérios de avaliação. Nenhum professor tinha tido acesso à íntegra do plano de carreira.

Próximas negociações

Nos próximos dias, a mobilização dos professores será decisiva para o futuro do movimento.

As negociações estarão centradas em duas reivindicações. A manutenção dos salários pela carga horária do semestre anterior para quem permaneceu na FMU e o direito de opção pela permanência no plano de saúde, nas condições previstas pela Lei 9656/98.

Nesse momento, professores e sindicato devem ficar em contato permanente. Compartilhe as informações, procure o SinproSP para se orientar e denuncie qualquer tipo de pressão.

Você pode ligar ou escrever para o email professoresfmu@sinprosp.org.br . Uma nova assembleia deve ser realizada em agosto.

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