Em estado de greve, professores da FMU aguardam por novas negociações
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Professores da FMU decidiram aceitar parcialmente a proposta apresentada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e permanecer em ‘estado de greve’ nos próximos dias, à espera de um avanço nas negociações. A decisão foi tomada na assembleia realizada no SinproSP, na tarde do dia 03, horas depois da audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho.
A assembleia contou com a participação do deputado Carlos Giannazi (Psol) e do DCE Dina do Araguaia, que prestou solidariedade aos professores e denunciou o autoritarismo na FMU.
Proposta no TRT
O desembargador do TRT Carlos Roberto Husek, que presidiu a sessão no TRT, reconheceu a greve e defendeu uma proposta, classificada por ele como uma “cláusula de paz”.
Segundo a proposta, a FMU deve garantir, aos demitidos, o pagamento integral do plano de saúde até outubro e a manutenção das bolsas de estudo dos professores e seus dependentes, até o final do curso . A Convenção Coletiva de Trabalho assegura o benefício até o final do ano letivo.
As negociações devem continuar, pelo menos nos próximos dez dias, quando as partes voltarão ao TRT para encerrar ou dar continuidade ao processo.
Falta de transparência
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Em resposta ao pedido do SinproSP de suspensão da reforma curricular, a FMU alegou que conseguiu manter a remuneração para a maior parte dos professores, pela implantação do plano de carreira e subsídio no plano de saúde dos dependentes.
A assembleia questionou os argumentos da FMU, alegando que o plano de carreira é insuficiente para recompor as perdas. Foram citados exemplos em que o acréscimo foi de apenas R$ 2,00 por hora-aula.
Além do pequeno valor atribuído na movimentação, os professores denunciaram a falta de transparência, em especial nos critérios de avaliação. Nenhum professor tinha tido acesso à íntegra do plano de carreira.
Próximas negociações
Nos próximos dias, a mobilização dos professores será decisiva para o futuro do movimento.
As negociações estarão centradas em duas reivindicações. A manutenção dos salários pela carga horária do semestre anterior para quem permaneceu na FMU e o direito de opção pela permanência no plano de saúde, nas condições previstas pela Lei 9656/98.
Nesse momento, professores e sindicato devem ficar em contato permanente. Compartilhe as informações, procure o SinproSP para se orientar e denuncie qualquer tipo de pressão.
Você pode ligar ou escrever para o email professoresfmu@sinprosp.org.br . Uma nova assembleia deve ser realizada em agosto.